A Procuradoria-Geral da República (PGR) expressou apoio à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido em Brasília. O procurador-geral Paulo Gonet afirmou que não se opõe à medida, destacando urgência e gravidade dos novos fatos. A prisão foi realizada cedo, na residência de Bolsonaro, em decorrência de risco à ordem pública apontado pela Polícia Federal. Não está ligada à condenação por tentativa de golpe.

O motivo da ação foi a convocação de vigília feita pelo senador Flávio Bolsonaro para mobilização permanente pela liberdade do pai, que a PF considerou gerar aglomerações de risco. Alexandre de Moraes reforçou que tal mobilização reproduz padrão observado em atos golpistas. Além disso, destacou a tentativa de romper tornozeleira e a intenção de fuga registrada durante a confusão prevista na manifestação.

O ministro Moraes enfatizou a importância da prisão preventiva para garantir ordem pública e aplicação da lei penal, solicitando uma sessão extraordinária da Primeira Turma do STF para referendá-la. A reunião será virtual e ocorrerá no mesmo dia do prazo final para apresentação dos embargos da defesa de Bolsonaro. O episódio destaca a gravidade da situação, evidenciando a preocupação com a segurança pública e a necessidade de medidas cautelares para evitar potenciais fugas e perturbação da ordem durante investigações e julgamentos.

A manifestação da PGR reforça o compromisso com a legitimidade das instituições e a preservação do Estado de Direito. As medidas adotadas visam garantir que a Justiça seja cumprida de forma imparcial e segura, protegendo não só o réu, mas também a comunidade e a integridade das instituições democráticas. A decisão de manter Bolsonaro sob prisão preventiva reflete a seriedade do caso e a preocupação com possíveis interferências ou tentativas de obstrução da justiça, reafirmando a autoridade das instituições responsáveis pela aplicação da lei no Brasil.