Motociclistas realizam manifestação pelas ruas do Rio de Janeiro. Um grupo de motociclistas promoveu um ato nesta quarta-feira (29) em protesto pelas mais de 120 mortes ocorridas na megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho. Acompanhados por policiais do Batalhão Tático Móvel da Polícia Militar, os motociclistas seguiam em direção ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio.
Segundo informações do governo do estado, durante a ação foram registradas 4 policiais e 117 suspeitos mortos, sendo considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro. Pela manhã, moradores do Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro, encontraram cerca de 74 corpos na área de mata da região. Os números divulgados pelo governo foram atualizados pela cúpula da segurança do RJ, totalizando 4 policiais e 117 suspeitos mortos.
O ativista Raull Santiago foi um dos responsáveis por retirar os corpos da mata e relata a brutalidade dos acontecimentos, considerando a situação algo nunca visto antes em seus 36 anos de vivência na favela. Os corpos foram levados por moradores até uma praça para facilitar o reconhecimento por parentes, deixando-os sem camisa para agilizar o processo. As vítimas apresentavam sinais de ferimentos a bala, desfigurações faciais e um dos corpos decapitado.
Durante coletiva, o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, explicou a estratégia adotada durante a megaoperação, destacando a criação do “Muro do Bope” para cercar os criminosos. A ação que contou com 2,5 mil policiais civis e militares foi considerada de alto risco pela cúpula da segurança. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que o “dano colateral” foi mínimo, ressaltando que somente quatro pessoas inocentes haviam falecido durante a operação.
Ao longo do dia, os corpos foram transportados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas em uma Kombi, demonstrando a gravidade da situação. Os desdobramentos da megaoperação no Rio de Janeiro impactaram a cidade de diversas formas, gerando uma comoção e questionamentos sobre a conduta das forças de segurança. A população aguarda por mais esclarecimentos e respostas diante da tragédia ocorrida durante a operação.
 
				



