Com a presença de Bolsonaro, a manifestação em Copacabana pedia anistia para os condenados do 8/1. Por volta das 10h, o protesto interditava o trecho da Avenida Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira. Jair Bolsonaro participou do ato na praia de Copacabana, no Rio. Apoiadores do ex-presidente também estiveram presentes no evento, convocado por ele, que exigia a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília, considerado o maior ataque às instituições da República desde a redemocratização do Brasil.
Ao lado de Bolsonaro, estavam no carro de som os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, Cláudio Castro (governador do Rio de Janeiro), Tarcísio Freitas (governador de São Paulo), Valdemar Costa Neto (presidente PL) e o pastor Silas Malafaia. O protesto antecedia o julgamento no Supremo Tribunal Federal de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República que poderia tornar Bolsonaro réu.
Até o momento, 481 pessoas foram condenadas pelo STF por envolvimento nos ataques, sendo 255 delas classificadas com ações graves. Apenas 8 dos investigados foram absolvidos. As penas para crimes graves chegam a 17 anos e 6 meses de prisão, incluindo golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado. Crimes menores como associação criminosa e incitação ao crime resultaram em penas de um ano, substituídas por restrição de direitos.
O ataque de 8 de janeiro de 2023 testou os Três Poderes do Brasil. Os golpistas convocados nas redes sociais e financiados por terceiros se juntaram a radicais acampados em Brasília, frente ao quartel-general do Exército. Segundo o STF, 84 estão presos preventivamente, 55 provisoriamente e outros cinco em prisão domiciliar. Um total de 61 suspeitos são considerados foragidos.
Os danos causados pelos ataques foram estimados em R$ 26,2 milhões ao patrimônio público, incluindo prejuízos aos patrimônios histórico e cultural. A Advocacia-Geral da União apontou que o Senado Federal teve um prejuízo de R$ 3,5 milhões, a Câmara dos Deputados de mais de R$ 3 milhões e o Palácio do Planalto danos que ultrapassam os R$ 9 milhões, apenas em obras de arte.