Última atualização 25/02/2024 | 15:11
Na tarde deste domingo, 25, a Avenida Paulista, em São Paulo, virou ponto de encontro de uma manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. O ato, que teve início oficial às 14h, reuniu uma multidão desde as primeiras horas da manhã, com manifestantes vestindo camisas verde e amarelo, além de empunhar bandeiras do Brasil, de Israel e de Bolsonaro.
O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) permaneceu fechado durante o domingo devido à concentração dos manifestantes. A mobilização ocorre em resposta às recentes investigações da Polícia Federal (PF), que implicaram Bolsonaro e membros de seu governo em uma suposta tentativa de golpe.
Paulista, São Paulo.
25/fevereiro, 9h15. O ato será as 15:00 h pic.twitter.com/zetNOyOtXL— Bia Kicis (@Biakicis) February 25, 2024
No último dia 12, o ex-presidente convocou seus seguidores por meio de um vídeo, instigando um “ato pacífico” em defesa do “Estado democrático de direito”. Bolsonaro prometeu refutar todas as acusações feitas nos últimos meses, fazendo um apelo para que os manifestantes evitassem cartazes “contra quem quer que seja”, uma recomendação repetida por aliados durante a semana.
As investigações da PF divulgaram evidências, incluindo um texto encontrado na sala de Bolsonaro em Brasília, que sugere a decretação de estado de sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Um vídeo de uma reunião ministerial datada de 5 de julho de 2022, onde Bolsonaro instiga ataques ao sistema eleitoral, também foi citado como indício de uma suposta “dinâmica golpista” no governo, dentro de um inquérito que tramita no STF.
Os manifestantes começaram a ocupar a Avenida Paulista por volta das 10 horas, muitos vindos de diferentes estados, como Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O evento contará com quatro veículos na Paulista, incluindo dois carros de som para discursos de políticos e influenciadores bolsonaristas, além de dois carros com telões de led para retransmissão dos discursos.
Um robusto esquema de segurança foi montado, com 2 mil agentes da Polícia Militar na Avenida Paulista e arredores, de batalhões como Força Tática, 7º Batalhão de Ações Especiais (Baep), Choque, Cavalaria, Policiamento de Trânsito e Comando de Aviação da Polícia Militar, além de drones.