Movimentos sociais, partidos de esquerda e centrais sindicais se uniram em atos realizados em diversas capitais do Brasil neste domingo, 14, contra o projeto de lei conhecido como PL da Dosimetria, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. O texto em questão propõe a redução das penas de condenados do 8 de janeiro, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, e agora aguarda votação no Senado. Em cidades como Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Salvador e Brasília, manifestantes se mobilizaram em protesto. Em Brasília, os atos tiveram início em frente ao Museu da República e seguiram em direção ao Congresso Nacional, com palavras de ordem contra a possível anistia para os acusados do golpe de 8 de janeiro e críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Em São Paulo, a concentração ocorreu na Avenida Paulista, com a presença de lideranças políticas e representantes de movimentos sociais, que exibiram faixas com mensagens de repúdio ao PL da Dosimetria e a Hugo Motta, além de manifestações em apoio à condenação de Bolsonaro. No Rio de Janeiro, o protesto na orla de Copacabana contou com a presença de líderes políticos, como o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), e do cantor Gilberto Gil, que se manifestaram contra a possível anistia e a favor da manutenção da prisão de Bolsonaro. O PL da Dosimetria tem gerado intensa mobilização e debate em todo o país, com atos que buscam pressionar o Senado a rejeitar a proposta que reduz as penas dos condenados do 8 de janeiro, em uma demonstração da polarização política que marca o cenário atual.