Manifestações recentes pressionam o Senado a rejeitar PEC da Blindagem: novas estratégias em jogo

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Manifestações recentes tiveram um impacto significativo na rota da PEC da Blindagem no Senado, levando a uma mudança de estratégia na tramitação do projeto. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), revelou que a pressão popular durante as manifestações do último domingo foi determinante para essa nova abordagem.

Inicialmente, a intenção era adiar a discussão do texto na CCJ, na esperança de postergar a decisão. No entanto, diante da forte pressão da sociedade durante as manifestações, não há mais sentido em prolongar a análise da proposta. Agora, a proposta é votar e rejeitar a PEC da Blindagem no Senado, idealmente ainda nesta semana.

Segundo Otto Alencar, há um acordo estabelecido com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre o assunto. O relator da CCJ calcula que pelo menos 18 senadores da comissão são contrários ao texto, o que representa maioria absoluta dentro do colegiado de 27 membros.

No plenário, pelo menos 50 senadores pretendem votar pela rejeição da PEC, em um total de 81 senadores. Seriam necessários 49 votos favoráveis para a aprovação do projeto. A análise de Otto Alencar destaca a diferença de dinâmica entre a Câmara e o Senado, sendo que no Senado, a opinião pública tem um peso maior devido às eleições de 2026, onde 54 cadeiras estarão em jogo na Casa.

Em contrapartida à Câmara, onde os deputados podem ser eleitos com base nos votos do partido ou da coligação, no Senado a opinião pública é mais relevante. Com a proximidade das eleições futuras, os senadores estão atentos às demandas da sociedade, evidenciando uma postura mais alinhada com os interesses do eleitorado. Este novo cenário político pode influenciar diretamente a decisão sobre a PEC da Blindagem no Senado.

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