Manifestantes protestam no Palácio Guanabara contra operação policial no Rio de Janeiro

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Motociclistas saíram da Zona Norte do Rio de Janeiro em direção ao Palácio Guanabara, na Zona Sul, para protestar contra a megaoperação policial que resultou em pelo menos 119 mortes, incluindo quatro policiais. O grupo partiu da Praça São Lucas, na Penha, onde mais de 60 corpos foram enfileirados pela manhã. O protesto ocorreu minutos antes de um encontro entre o governador Cláudio Castro e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no Palácio Guanabara.

Moradores dos complexos do Alemão e Penha também se juntaram aos motociclistas, ocupando uma faixa de cada sentido da Rua Pinheiro Machado. O trânsito na região ficou lento, com os motoqueiros sendo escoltados por policiais desde a Avenida Brasil até o destino final. O protesto pacífico terminou cerca de 45 minutos depois, com soldados do Batalhão Tático Móvel armados nas imediações do palácio, causando tumulto no tráfego.

Entre os manifestantes estavam mães e parentes que perderam familiares em outras incursões policiais, como a técnica de enfermagem Fernanda da Silva Costa e a cuidadora Luana Silva, que compartilharam suas histórias de perdas trágicas. Uma manifestante questionou a violência nas favelas e alegou que não são apenas criminosos que vivem nessas comunidades, exigindo paz e questionando a quantidade de mortes nas operações.

O comunicado convocando os motociclistas para o protesto ressaltava a importância da manifestação pacífica e sem violência, pedindo a presença de bandeiras do Brasil e bandeiras brancas manchadas de vermelho. Mensagens circulavam entre os moradores, convocando apoio para o ato em frente ao Palácio Guanabara, com relatos de vítimas inocentes da violência policial que resultaram em mortes injustas.

A presença de mães que perderam filhos para a violência policial trouxe à tona as histórias de Marco Silva de Miranda e Lorran Silva, jovens que foram vítimas fatais de ações policiais. Os relatos emocionantes das mães lutando por justiça e denunciando abusos das forças de segurança impactaram os participantes do protesto, que clamaram por um fim à violência e à impunidade. A reunião desses grupos demonstrou a revolta da população carioca diante das ações que resultam em mortes e perdas irreparáveis.

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