Manifestantes vestidos de farricocos durante o ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediram que ”Deus perdoasse torturadores”. O ato aconteceu no sábado, 1º de maio, Dia do Trabalhador, na Cidade de Goiás.
A manifestação dos farricocos é tradicional e acontece na Procissão do Fogaréu, evento com 250 anos de tradição. Este evento ocorre na quarta-feira antes da Páscoa, à noite, relembrando a perseguição a Jesus Cristo e sua prisão.
Já neste ato, os manifestantes tentava se passar como integrantes da Ku Klux Klan, movimento contra pessoas negras e imigrantes. O cartaz foi erguido em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, marco da religiosidades dos escravos na cidade.
Além do grande cartaz escrito “Deus perdoe os torturadores”, é possível também ler em um menor “nosso Brasil pertence ao senhor Jesus. Direita com Bolsonaro”.
Por meio de nota, a Associação Cultural Pilão de Prata repudiou a manifestação. “Agiu violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro”, disse em nota – a associação considerou a veste de farricoco uma alusão a roupa do grupo racista Ku Klux Klan.