Manifestantes seguram cartaz e fazem apologia, em Goiás

Manifestantes vestidos de farricocos durante o ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediram que ”Deus perdoasse torturadores”. O ato aconteceu no sábado, 1º de maio, Dia do Trabalhador, na Cidade de Goiás.

A manifestação dos farricocos é tradicional e acontece na Procissão do Fogaréu, evento com 250 anos de tradição. Este evento ocorre na quarta-feira antes da Páscoa, à noite, relembrando a perseguição a Jesus Cristo e sua prisão.

Já neste ato, os manifestantes tentava se passar como integrantes da Ku  Klux Klan, movimento contra pessoas negras e imigrantes.  O cartaz foi erguido em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, marco da religiosidades dos escravos na cidade.

Além do grande cartaz escrito “Deus perdoe os torturadores”, é possível também ler em um menor “nosso Brasil pertence ao senhor Jesus. Direita com Bolsonaro”.

Por meio de nota, a Associação Cultural Pilão de Prata repudiou a manifestação. “Agiu violentamente de forma racista e criminosa criando aspectos de violência simbólica latente inspirados na seita Ku Klux Klan, assassina de povo negro”, disse em nota – a associação considerou a veste de farricoco uma alusão a roupa do grupo racista Ku Klux Klan.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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