Estudantes e representantes de entidades estudantis e de sindicatos de trabalhadores participam nesta quinta-feira (30), em várias cidades do país e também no exterior, de atos contra o contingenciamento de verbas públicas para universidades federais. Foi a segunda vez este mês em que os manifestantes foram às ruas em defesa de manutenção de recursos para o ensino superior.
Em Goiânia, de acordo com a organização da manifestação, cerca de 30 mil pessoas foram as ruas. A organização também confirmou, que no interior do estado, assim como na capital, haviam pessoas protestando a favor da educação.
O ato teve inicio ás 15 horas, sendo iniciada na Praça Universitária, seguindo pela Rua 10, até a Praça do Bandeirante, no cruzamento da Avenida Goiás com a Anhanguera.
MEC
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. O bloqueio de 30% dos recursos, inicialmente anunciado pelo MEC, diz respeito às despesas discricionárias das universidades federais, ou seja, aquelas não obrigatórias. Se considerado o orçamento total dessas instituições (R$ 49,6 bilhões), o percentual bloqueado é de 3,4%.
O MEC afirma também que do total previsto para as universidades federais (R$ 49,6 bilhões), 85,34% (ou R$ 42,3 bilhões) são despesas obrigatórias com pessoal (pagamento de salários para professores e demais servidores, bem como benefícios para inativos e pensionistas) e não podem ser contingenciadas.
De acordo com o ministério, 13,83% (ou R$ 6,9 bilhões) são despesas discricionárias e 0,83% (R$ 0,4 bilhão) diz respeito àquelas despesas para cumprimento de emendas parlamentares impositivas – já contingenciadas anteriormente pelo governo federal.
Fonte: Agência Brasil