Manoel Mariano de Sousa Filho, o ‘Júnior do Nenzim’, condenado a 16 anos de prisão: julgamento e detalhes do crime

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Manoel Mariano de Sousa Filho, o ‘Júnior do Nenzim’, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado por sua participação na morte a tiros de seu pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, conhecido como ‘Nenzim’. O júri popular, que durou quase um dia inteiro até as 1h30 da madrugada, aconteceu no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, devido ao temor do Ministério Público do Maranhão em relação à influência política de Manoel Mariano sobre o julgamento.

Durante o júri, sete testemunhas foram ouvidas e Manoel Mariano respondeu a perguntas por quase duas horas, sempre negando estar envolvido no crime. A defesa alegou falhas na condução das investigações e na coleta de provas, porém o promotor de Justiça, Raimundo Benedito, afirmou que existem evidências que apontam o contrário. A perícia indicou que a vítima foi atingida a uma distância mínima, o que fortalece a acusação contra ‘Júnior do Nenzim’.

Ao término do julgamento, a justiça negou o direito de recorrer em liberdade a Manoel Mariano, que foi encaminhado para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. As investigações apontaram que o crime ocorreu em dezembro de 2017 devido ao filho estar roubando cabeças de gado do pai para quitar dívidas com agiotas, levando à decisão de eliminá-lo para evitar complicações e ocultar os desvios.

O vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, também envolvido no crime, foi adiado para ser julgado separadamente. A separação dos julgamentos foi solicitada pelo Ministério Público para garantir o devido processo legal. Após a morte de ‘Nenzim’, Manoel Filho foi encontrado pela polícia e preso, sendo culpado devido à apropriação indébita das cabeças de gado pertencentes a seu pai para saldar dívidas.

Em 2019, Manoel Mariano de Sousa Filho foi solto após conseguir um habeas corpus, com a obrigação de cumprir medidas cautelares em liberdade até o julgamento. A Polícia Civil concluiu que ‘Júnior do Nenzim’ era o único presente no local do crime com seu pai e que os dois homens em uma moto mencionados inicialmente como suspeitos não estavam envolvidos. Mais de 20 testemunhas foram ouvidas durante o processo, que culminou na denúncia por homicídio qualificado pelo Ministério Público do Maranhão contra o acusado.

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