Mansão de R$ 100 mi alvo da PF por fraude com bitcoin: piscina, adega e boate

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Veja vídeo de mansão de R$ 100 mi de alvo da PF por fraude com bitcoin

Casa apreendida pela PF tinha adega com centenas de vinhos, piscina e boate com
pista de dança e mesa de DJ

A operação Fortuito 2, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no final de janeiro contra uma
organização criminosa que pratica crimes financeiros, apreendeu uma mansão
avaliada em R$ 100 milhões.

O imóvel, localizado na Barra da Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, era onde
morava Carlos Fuziyama, mais conhecido como Kaze. Ele é investigado por fraudes
envolvendo criptomoedas e chegou a criar uma empresa de mineração de
criptoativos na Ucrânia.

Dentre os inúmeros cômodos, a mansão conta com piscina, sala de cinema e até um
espaço para festas, composto por uma larga pista de dança, mesa para DJ e um
bar.

Localizada em um terreno de 5 mil metros quadrados, a casa também tem 12
garagens para carros, sala com 10 ambientes e uma adega com espaço para 5 mil
vinhos.

ENTENDA A OPERAÇÃO

* Em 29 de janeiro, a PF deflagrou a operação Fortuito 2 para combater uma
organização criminosa que atua com crimes financeiros
* Foram cumpridos pelos agentes oito mandados de busca e apreensão no RJ, MG e
SP
* A Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 milhões em bens
* Dentre os itens sequestrados, está uma mansão avaliada em mais de R$ 100
milhões
* Os investigados podem responder por organização criminosa, lavagem de
dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta, entre outros
* Se somadas, as penas máximas superam os 50 anos de reclusão

Foram encontrados indícios de que os bens apreendidos no Brasil têm origem em
fraudes aplicadas pelo grupo no exterior.

Além disso, os investigadores apuram que Kaze teria recebido cerca de US$ 50
milhões de pirâmides financeiras estruturadas no exterior e com aportes típicos
de contratos de investimentos. Entre os casos, a PF cita a One Thor e D9 Club.

Apesar de ser investigado por crimes financeiros, anos antes, o Kaze Fuziyama
criticou durante uma entrevista o que chamou de “pessoas malandras” que “usam o
bitcoin [tipo de criptomoeda] para facilitar a pirâmide financeira”.

“No vídeo, o empresário mostra o interior de sua empresa de mineração de
criptomoedas “Mining Express”, na Ucrânia, e conta a história de como saiu de
uma realidade pouco abastada para o cenário da época, em que se dizia
bilionário.

A coluna entrou em contato com Kazé Fuziyama e com a defesa do empresário, mas
não obteve resposta.

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