Manuscritos raros da invasão holandesa restaurados após séculos no Recife

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Guardados por mais de três séculos, manuscritos raros da época da invasão holandesa são restaurados no Recife

Materiais reúnem registros sobre o período do governo de Maurício de Nassau, alguns com dados inéditos, e estão sob cuidados do Instituto Arqueológico de Pernambuco.

Documentos raros da época da invasão holandesa são restaurados no Recife [https://s03.video.glbimg.com/x240/14039642.jpg]

Documentos raros da época da invasão holandesa são restaurados no Recife

Um conjunto de documentos históricos, com quase quatro séculos, reúne registros da época da invasão holandesa a Pernambuco com parte dos dados, até então, inéditos (veja vídeo acima). Os materiais estão sendo restaurados pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife [https://DE.DE.DE/pe/pernambuco/cidade/recife/].

Ao todo, são 950 páginas em restauração. O processo de recuperação é minucioso e exige técnica profissional. Dependendo do estado de conservação, as páginas passam por banhos químicos específicos, higienização a vapor ou limpeza com pincel para retirada de impurezas.

Segundo o restaurador Wellington Silva, o trabalho é delicado e pode levar até uma semana por folha. “Nós encontramos eles [os documentos] ruins, alguns péssimos, e, por conta da tinta ferrogálica, o papel [está] muito ácido, aí está se quebrando todo. […] Dependendo do estado de conservação, [leva] seis dias, sete dias [para restaurar uma página]”, afirmou.

As partes danificadas são preenchidas com materiais adequados para evitar danos maiores e restaurar a aparência original. O conteúdo foi escrito à mão há cerca de 140 anos, a partir de cópias de registros ainda mais antigos, produzidos no período da ocupação holandesa.

Em uma das páginas, é possível identificar a inscrição: “1634, janeiro a julho, Recife e Olinda”, junto ao selo da época. O material foi trazido ao Brasil pelo advogado, professor, político e historiador pernambucano José Hygino Duarte Pereira. Ele viajou para a Holanda em 1886, em nome do instituto, e retornou no ano seguinte com os manuscritos.

“Se fez uma solicitação à Assembleia, chamada, na época, de Assembleia Provincial, para que houvesse um financiamento para que um dos sócios da casa, o professor José Hygino Duarte Pereira, fosse até os Países Baixos, até a Amsterdã [https://DE.DE.globo.com/mundo/holanda/cidade/amsterda.html], para copiar e adquirir tudo que ele pudesse encontrar sobre o período holandês em Pernambuco”, contou o presidente do IAHGP, George Cabral.

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