Marajá do Sena e Peritoró estão entre as três cidades com pior índice de qualidade de vida, aponta pesquisa realizada pelo Instituto Imazon. O isolamento geográfico é uma das principais reclamações da população que vive em uma das cidades que aparece na lista. Essa constatação revela a dura realidade enfrentada por essas comunidades, onde as condições de vida são precárias e os recursos são escassos.

Duas cidades do Maranhão se destacam negativamente nesse ranking, posicionando-se entre as três piores do Brasil em qualidade de vida. Marajá do Sena e Peritoró são os municípios que apresentam os índices mais baixos, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Imazon. A situação alarmante dessas localidades reflete a falta de investimentos em infraestrutura, educação e saúde, comprometendo o bem-estar da população.

Marajá do Sena, com pouco mais de 7 mil habitantes, é apontada como a cidade com o menor índice de qualidade de vida. O Maranhão, estado onde se localizam esses municípios, ocupa uma posição desfavorável nesse ranking, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficientes para promover melhorias significativas nessas regiões. O acesso precário e as condições adversas de infraestrutura contribuem para agravar a situação já precária.

O isolamento geográfico é um dos principais desafios enfrentados pelas comunidades de Marajá do Sena e Peritoró. A topografia acidentada, com morros e estradas precárias, dificulta o deslocamento dos moradores e o escoamento da produção local. Durante o período chuvoso, essas localidades ficam ainda mais isoladas, agravando as dificuldades enfrentadas pela população e impactando negativamente a economia local.

A criação de gado e grãos é a principal atividade econômica dessas regiões, porém, as más condições de infraestrutura comprometem o escoamento da produção e a circulação de pessoas. A falta de investimentos em estradas e acessos adequados impacta diretamente a qualidade de vida dos moradores, que enfrentam obstáculos diários para se deslocarem pela região. Essa realidade evidencia a necessidade urgente de melhorias significativas nesses aspectos.

De acordo com os dados da pesquisa, as cidades localizadas na região Sudeste do país apresentam os melhores índices de qualidade de vida, enquanto as localizadas na região Amazônica Legal estão entre as piores classificadas. Essa disparidade regional revela a desigualdade existente no país e a urgência de políticas que promovam o desenvolvimento e a inclusão social em todas as regiões.

Diante desse cenário preocupante, as prefeituras de Marajá do Sena e Peritoró têm se manifestado em relação às ações em andamento para melhorar a qualidade de vida das comunidades. Investimentos em infraestrutura urbana e rural, ampliação da oferta educacional e recuperação de estradas são algumas das medidas adotadas para tentar reverter esse quadro desfavorável. O desafio é grande, mas é fundamental o comprometimento e a atuação efetiva das autoridades locais e estaduais para transformar a realidade dessas localidades.

Por fim, a reflexão sobre as condições enfrentadas por Marajá do Sena e Peritoró nos leva a questionar a distribuição desigual de recursos e oportunidades em nosso país. É preciso que a sociedade e os governantes reconheçam a urgência de investir nessas regiões e promover um desenvolvimento mais equitativo e sustentável. Somente assim será possível garantir uma qualidade de vida digna para todos os brasileiros, independentemente de onde vivam.