Marca de chocolate é processada por vender doce sem “rosto fofo”

A norte-americana Cynthia Kelly entrou com um processo contra a marca de doces Hershey após comprar uma guloseima com um “desenho fofo” da boca e dos olhos na embalagem do produto, mas não encontrar o que esperava ao abrir a embalagem.

Ação contra a Hershey

A ação foi apresentada em um tribunal federal na Flórida. De acordo com o processo, Kelly alega que “não teria comprado o produto Reese’s Peanut Butter Pumpkins se soubesse que ele não tinha os entalhes detalhados da boca e/ou dos olhos, conforme a imagem no rótulo do produto” e que a ação se trata de forma coletiva em nome de “inúmeros consumidores que foram enganados e iludidos pelas imagens nas embalagens dos produtos”.

O processo se juntou a uma lista crescente de marcas de alimentos processadas por propaganda enganosa, incluindo McDonald’s e Burger King. As ações judiciais são julgadas com a justificativa de que as empresas usavam anúncios que não condizem com seus alimentos reais.

Anthony Russo, advogado do processo da Hershey, liderou os processos que aguardam pelo julgamento na Justiça. Para que as denúncias sejam julgadas como propaganda enganosa, será necessário que o defensor argumente com sucesso que os anúncios enganariam um “consumidor razoável”.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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