Marçal chama Bolsonaro de ‘malvadão’ e aconselha o ex-presidente a ‘cuidar da própria vida’

O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado à prefeitura de São Paulo, entrou em confronto mais uma vez com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A disputa começou após Bolsonaro expressar arrependimento por ter entregue uma medalha a Marçal antes das eleições.
 
Marçal reagiu às declarações de Bolsonaro, afirmando que devolverá a medalha recebida. “Fala para ele pegar comigo essa medalha. Eu entrego para ele. Já que ele diz que foi um erro, diz a ele que vou devolver no debate de 2026. Vou devolver a medalha que ele me deu e entregar outra para ele,” disse Marçal ao Metrópoles.
 
Bolsonaro havia mencionado que se arrependeu de ter entregue a medalha, alegando que Marçal usou o encontro para provocar o então adversário Ricardo Nunes (MDB), que tinha o apoio formal de Bolsonaro na candidatura à reeleição. “Como começou a onda Marçal? Há três meses, ele queria falar comigo e eu conversei com ele. Só ele e mais ninguém. Até dei uma medalha para ele, onde eu errei. Ele saiu de lá, e, duas horas depois, estava no jornal que eu ia apoiá-lo,” disse Bolsonaro.
 
Marçal também chamou Bolsonaro de “malvadão” e o aconselhou a cuidar da sua própria vida. “Bolsonaro, toca a sua vida aí, irmão. Seja candidato. Deixa eu em paz. Tô falando sério. Eu gosto de você, fica tranquilo,” afirmou Marçal em uma palestra compartilhada nas redes sociais.
 
O conflito entre os dois se intensifica, especialmente considerando as intenções de ambos de concorrer à presidência em 2026. Bolsonaro, atualmente inelegível por decisão da Justiça Eleitoral, mantém esperanças de reverter o julgamento que o impede de concorrer a cargos públicos até 2030.
 
A desconfiança de Bolsonaro em relação à fidelidade de Marçal também foi um ponto de discórdia. Bolsonaro evitou se engajar totalmente na campanha de Ricardo Nunes, enquanto uma parcela do seu eleitorado via Marçal como um candidato mais comprometido com os “princípios da direita”.
 
A troca de ofensas entre Marçal e Bolsonaro reflete a tensão política crescente entre os dois, com ambos preparando-se para possíveis disputas eleitorais futuras.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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