Marçal compara cadeirada com agressões sofridas por Bolsonaro e Trump

Marçal compara cadeirada com agressões sofridas por Bolsonaro e Trump

Uma discussão com agressão entre Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) interrompeu o debate entre candidatos a Prefeitura de São Paulo, na emissora TV Cultura, na noite deste domingo, 15. Na ocasião, o coach foi agredido com uma ‘cadeirada’ após acusar o jornalista de assédio sexual e usou as redes sociais para comparar a agressão com atentados contra Jair Bolsonaro e Donald Trump.

“A gente quer saber que horas você vai parar. Já abandonou entrevista chorando. Você, que é um cara que só fala quando tem uma televisãozinha escrevendo ali, que horas o Datena vai parar com essa palhaçada que ele tá fazendo aqui?”, disse Marçal antes da agressão.

Em resposta, Datena disse que Marçal estava fazendo acusações e calúnias contra ele. “A acusação que você fez sobre mim eu já, repito, não foi investigada por que não havia provas. Foi arquivada pelo Ministério Público”, disse. “O que você fez comigo hoje foi terrível. Espero que Deus lhe perdoe. Você me pediu perdão anteontem. Eu te perdoei.”, respondeu o jornalista.

Marçal pediu direito a resposta e disse que Datena não sabia o que estava fazendo no debate, o chamando de ‘arregão’. O coach afirmou que o jornalista queria agredi-lo no debate da TV Gazeta, em 8 de setembro.

“Você não respondeu à pergunta. A gente quer saber. Você é um arregão. Você atravessou o debate esses dias para me dar tapa e falou que você queria ter feito. Você não é homem nem para fazer isso. Você não é homem,” afirmou Marçal.

Em sequência, Datena agrediu Pablo Marçal com uma cadeira. O programa foi interrompido imediatamente.

Veja o momento da agressão:

 

Datena foi expulso do debate em seguida e informou a jornalista que não se arrependeu de cometer as agressões. “Infelizmente, eu perdi a cabeça. Não devia ter perdido? Acredito que não. Poderia ter simplesmente deixado o debate e ido embora para casa, que teria sido melhor”, disse o tucano.

Comparação com Bolsonaro e Trump

Marçal chegou a tentar voltar para o debate, mas precisou abandonar o evento após sentir dificuldade para respirar. O coach foi encaminhado para o Hospital Sírio-Libanês onde, segundo a assessoria, foi constatado a fratura de uma das costelas. A equipe informou que Marçal foi medicado e passou por exames, incluindo uma tomografia.

O coach divulgou a agressão nas redes sociais durante toda a madrugada desta segunda-feira, 16. Em uma das publicações, o candidato comparou a ‘cadeirada’ com as agressões sofridas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018, e por Donald Trump, durante a campanha para presidência dos Estados Unidos neste ano.

O advogado do coach informou ao O Globo que registrou um boletim de ocorrência contra Datena na Polícia Civil por injúria e lesão corporal. A campanha de Marçal durante esta segunda-feira foi cancelada.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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