Marçal é expulso de debate e assessor agredi marqueteiro de Nunes

Marçal é expulso de debate e assessor agredi marqueteiro de Nunes

Pablo Marçal voltou a protagonizar desavenças durante debates para a Prefeitura de São Paulo. Nesta segunda-feira, 24, o ex-coach foi expulso nos minutos finais do programa após ser repreendido pelo apresentador Carlos Tramontina, depois que usou apelidos pejorativos para se referir a Ricardo Nunes (MDB). Pouco depois, o marqueteiro de Nunes, Duda Lima, foi agredido com socos pelo assessor de Marçal.

A expulsão de Marçal ocorreu dez segundo antes da conclusão das considerações finais. O ex-coach, que até então não havia causado polêmicas no debate, se referiu a Ricardo Nunes como “bananinha” e prometeu “prender” o político caso seja eleito, citando investigações a respeito de desvio de verbas da compra de alimentações em creches.

Agressão

Após a saída do ex-coach, o estúdio do debate foi marcado novamente por uma confusão. Desta vez, o assessor de Marçal, Nahuel Medina, agrediu o marqueteiro Duda Lima, com um soco no rosto. Segundo presentes, Medina tentava gravar o momento da expulsão de Marçal quando o marqueteiro pediu licença para o rapaz, e levou um soco.

Nunes e o marqueteiro foram até a 16º Distrito Policial (DP), na Vila Clementino, prestar queixa contra Medina. O agressor também foi para a delegacia juntamente com advogados de Marçal e por Wilson Pedroso, coordenador da campanha do PRTB.

“Ele (Duda Lima) levou um soco do nada, de uma forma covarde. A delegada achou melhor ele ir para o hospital. Não está se sentindo bem, estava com tontura. Estamos indo para o hospital.”, disse Nunes na saída da delegacia.

A defesa de Marçal informou que Medina foi alvo de agressões por parte do marqueteiro antes da briga e que um boletim de ocorrência será registrado por parte da defesa, alegando lesão corporal.

“Foi na verdade um ato de legítima defesa. O Duda Lima dá uma risada, na esperança de tomar o celular dele, acaba desferindo um golpe que rasga a camisa dele, arranha o peito dele.”, disse Tassio Renam, advogado e coordenador da campanha de Marçal.

As agressões e confusões marcadas pela equipe de Marçal foi alvo de críticas por parte dos candidatos participantes do debate. Marina Helena (Novo) classificou a confusão como “inaceitável” e defendeu a prisão do assessor de Marçal.

Já Tabata Amaral (PSB) disse que Marçal “conseguiu mais uma vez” roubar o holofote por não conseguir pautar o debate. “Tenho certeza que amanhã só vão falar no soco, não vão falar em propostas.”, disse a candidata.

Guilherme Boulos (PSOL) classificou a ação como inaceitável e disse que Marçal tem chamado a atenção, evitando que os problemas da gestão do prefeito ganhassem o foco.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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