Marcello Lavenère: ex-presidente da OAB e defensor da democracia – Legado e contribuição para a advocacia brasileira

Faleceu aos 86 anos Marcello Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil que assinou o pedido de impeachment de Collor. O jurista era conhecido por sua atuação na defesa da democracia e da justiça social, deixando um legado para a advocacia. Em 2016, durante a reunião da comissão especial do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Lavenère demonstrou sua dedicação e compromisso.

Nascido em Maceió (AL), Marcello Lavenère foi presidente da OAB entre 1991 e 1993. Assinou o pedido que resultou no afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992. Além disso, foi membro vitalício do Conselho Federal da OAB e presidiu a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, buscando reparar as vítimas da ditadura militar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do jurista, reconhecendo sua atuação em defesa da democracia e justiça social. Lavenère deixou um legado na advocacia brasileira, onde se destacou à frente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, lutando pela reparação das vítimas da ditadura. O petista expressou seus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos, colegas e admiradores do advogado.

Marcello Lavenère não era apenas advogado, mas também professor de Direito na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e na Universidade de Brasília (UnB). Sua atuação não se limitou à advocacia, mas também à educação jurídica, contribuindo para a formação de novos profissionais.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decretou sete dias de luto em memória de Lavenère. Beto Simonetti, presidente nacional da OAB, destacou a importância do jurista para a advocacia, ressaltando sua generosidade e coragem. Seu legado de comprometimento e altivez permanecerá como inspiração para futuras gerações.

A Advocacia-Geral da União também lamentou a perda de Marcello Lavenère, reconhecendo sua contribuição como presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Seu trabalho em defesa dos direitos das vítimas de perseguição política durante a ditadura foi fundamental para a justiça de transição e a reconciliação do país com seu passado. A AGU expressou seu pesar pela partida do jurista e seu impacto significativo na história do Brasil.

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