Marcelo Crivella é denunciado por difamação eleitoral e propaganda falsa

Nesta quinta-feira, 26, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio de Janeiro protocolou, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), uma denúncia contra o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella por difamação eleitoral e propaganda falsa em campanha. Para oferecer a denúncia, a procuradoria se baseou em três fatos ocorridos ao longo da campanha, sendo dois deles relativos a fake news usando a expressão “kit gay” para tentar atingir adversários. 

“A denúncia baseia-se em declarações públicas e materiais de campanha, com procedência confirmada, em que Crivella e Firmo atribuem ao adversário no segundo turno fatos ofensivos à sua reputação (difamação eleitoral) e fatos que sabem inverídicos para influenciar o eleitorado (propaganda falsa), diz o comunicado do MP Eleitoral. 

O procedimento foi aberto primeiramente para apurar se Crivella cometeu crime contra a honra contra candidata Renata Souza (PSOL-RJ) durante debate de TV no primeiro turno. O atual prefeito afirmou “que se o PSOL for eleito vai ter na escola orientação sexual, kit gay e vão induzir à liberação de drogas”. “Em suma, o prefeito Marcelo Crivella buscou, por meio de divulgação de informação leviana, sabidamente falsa, inspirar no eleitorado um sentimento de reprovação e desprezo para com o PSOL e à candidata Renata Souza, capaz de desequilibrar o pleito e afetar-lhe a normalidade, incidindo nas penas do artigo 323, parágrafo único do Código Eleitoral”, diz a denúncia. 

Depois, a investigação incluiu outros dois fatos ocorridos durante o segundo turno. No primeiro, Crivella aparece ao lado do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmando que Eduardo Paes (DEM) fechou um acordo para entregar a secretaria de Educação ao PSOL e que isso implicaria em implementar “pedofilia nas escolas”. O prefeito não apresentou qualquer prova durante a declaração. No segundo, panfletos distribuídos pela candidatura do atual prefeito diziam, sem provas, que Paes (DEM) é a favor da legalização do aborto, da liberação das drogas e do “kit gay” nas escolas municipais. 

Na ocasião, a assessoria de Marcelo Crivella confirmou que os panfletos distribuídos são da campanha do atual prefeito e declarou que as informações contidas neles não eram fake news, uma vez que “não há nenhuma afirmação sobre ter o kit gay nas escolas, e sim que o aliado de Eduardo Paes [Freixo, segundo a campanha do prefeito] é a favor”. Andréa Firmo, candidata à vice na chapa, também foi denunciada.  

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Governador do Tocantins afirma que prefeita eleita “dá um caldo” 

Mauro Carlesse, governador do Tocantins é afastado do cargo por suspeita de corrupção.

Durante a cerimônia de posse da prefeita de Gurupi, no estado do Tocantins, na última sexta-feira, 1, o governador do estado, Mauro Carlesse (DEM), disse que ela “dá um caldo”. A frase foi dita em um palanque, em um evento com cerca de 800 pessoas, e diz respeito à aparência física da prefeita Josi Nunes (Pros). 

“A Josi dá um caldo, gente! Vocês não sabem”, disse Carlesse, ao microfone, enquanto olhava para a prefeita. A plateia e o governador riram. Jozi usava máscara, então não é possível dizer qual foi sua reação.  

Além dela, os 15 vereadores da cidade foram empossados. O evento foi realizado em uma casa de eventos da cidade e, segundo o governo do Tocantins, seguiu “todos os protocolos de segurança”.  

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