Marcelo Odebrecht disse que Aécio pediu R$ 15 milhões

O ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht disse em delação que o do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, lhe pediu R$ 15 milhões durante as eleições de 2014. Após ter recusado o pagamento inicialmente, por achar ser um valor alto, o senador fez uma proposta alternativa para ele passar o dinheiro para os seus aliados políticos.

Porém, Marcelo afirmou que o pagamento não foi concretizado. O nome de Aécio foi citado por Claudio Melo Filho em delação. Segundo Melo, o apelido de Aécio na tabela de propinas da Odebrecht seria ‘mineirinho’ e o valor de R$ 15 milhões vai ao encontro com a planilha e as mensagens da Odebrecht apreendidas pela operação Lava Jato.

Segundo Marcelo, o contato dele com Aécio era mais difuso do que com Dilma. Geralmente as conversas eram feitas a partir das filiais do estado de Minas Gerais. O próprio repasse proposto por Aécio foi negociado depois entre o empresário Oswaldo Borges da Costa, tesoureiro do tucano e Sérgio Naves, superintendente da Odebrecht em Minas.

O depoimento era sobre a investigação de caixa dois e propina da chapa Dilma-Temer durante as eleições 2014. Devido a isso, o juiz pediu a ele para se manter dentro do propósito das perguntas e Marcelo não voltou a falar sobre o assunto.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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