Marcha Trans e Travesti reúne serviços e atrações contra violência no RJ

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A 4ª Marcha Trans e Travesti reuniu uma série de serviços e atrações nos Arcos da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, no último sábado (22), com o objetivo de chamar a atenção para a violência enfrentada pela população trans. Com o tema “Independência, Não Morte”, o evento buscou destacar a necessidade de recursos para organizações que lutam pelos direitos dessas pessoas, citando dados do dossiê “Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras em 2024”, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que aponta a expectativa de vida dessas pessoas em apenas 35 anos.

Gab Van, coordenador da Marcha e diretor da Liga Transmasculina, ressaltou a importância do evento como forma de reivindicar recursos para as organizações trans, buscando dar visibilidade e voz a uma população que é alvo constante de violência e discriminação. Segundo ele, o Brasil lidera as estatísticas de assassinatos de pessoas trans e travestis no mundo, o que torna urgente a luta por recursos, emprego e renda para que essa população possa viver, e não apenas sobreviver.

Além das atividades culturais e de conscientização sobre a violência enfrentada pela população trans, a Marcha Trans e Travesti também proporcionou uma série de serviços e atendimentos à população presente. O Núcleo da Diversidade Sexual da Defensoria Pública ofereceu atendimento para retificação do nome civil, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde realizou testagem rápida para ISTs e vacinação. O governo estadual, por meio do Núcleo Empoderadas, promoveu ações de cuidado pessoal, como corte de cabelo e maquiagem, e a Coordenadoria da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio e o programa Rio Sem LGBTIphobia ofereceram cadastro de currículos e orientações sobre legislação.

A marcha também contou com a presença de atrações culturais ao longo do dia, incluindo DJs, cantores e dançarinos que se apresentaram com diversos estilos musicais. Destaque para a disputa de ballroom inspirada na cultura do voguing, que encerrou o evento de forma animada e cheia de energia. Karyn Cruz, uma das participantes que buscou a retificação civil, destacou a importância da marcha como um espaço que gera acesso a serviços e visibilidade para a pauta da população trans, proporcionando protagonismo e inserção na sociedade.

Em um momento onde a luta pela igualdade e respeito às diferenças é essencial, eventos como a Marcha Trans e Travesti se tornam fundamentais para reafirmar a necessidade de respeito, visibilidade e garantia de direitos para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero. A iniciativa de reunir serviços, atendimentos, atrações culturais e conscientização em um único evento mostra o potencial de transformação que a união e a solidariedade podem trazer para essa causa tão importante.

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