Marconi busca investimentos do governo federal para Segurança Pública de Goiás

O governador Marconi Perillo esteve ontem em audiência com o ministro da Justiça, Torquato Jardim, com quem falou sobre a necessidade de união de esforços entre estados e o governo federal para cuidar dos assuntos referentes à segurança pública, especificamente agora ao sistema prisional. Marconi disse que a audiência foi altamente produtiva e que, “trará excelentes resultados para Goiás e o Brasil”. Segundo ele, foram discutidas “várias alternativas e ideias que visam o aprimoramento do sistema”.
Na ocasião, apresentou ao ministro o dossiê dos investimentos do governo no sistema prisional e o cronograma de obras em andamento. Como fruto desses investimentos, o governador mostrou ao ministro que nos últimos 12 meses, as forças policiais conseguiram reduzir todos os indicadores de violência em Goiás. O governador do estado reivindicou também o apoio do governo federal para a construção de presídios de segurança máxima no estado para abrigar os presos que devem ter a custódia da União.
“Eu falei com ele sobre a cogestão do sistema prisional e a necessidade de nós termos presídios federais para abrigar os presos que comentem crimes transnacionais, para que eles fiquem custodiados em presídios de segurança máxima”, frisou Marconi.
Informou também que o governo de Goiás tomou as medidas cabíveis para corrigir os incidentes ocorridos no sistema prisional Goiano nos primeiros dias do ano e fortalecê-lo para garantir a segurança de quem está do lado de fora e do lado de dentro dos presídios estaduais, frente ao crescimento de 64% da população carcerária nos últimos anos em Goiás.
Goiás aplicou no ano passado na área da segurança pública R$ 3,3 bilhões. O sistema prisional goiano terá 1.588 novas vagas com as inaugurações dos presídios de Formosa; (janeiro), Anápolis (fevereiro) e, até agosto, os de Águas Lindas e Novo Gama, e o de Planaltina até novembro. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou que o Governo Federal vai trabalhar pela aprovação do projeto de criação do Fundo Penitenciário Nacional, em tramitação no Congresso Nacional. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Ricardo Balestreri, e o diretor-geral de Administração Penitenciária de Goiás, Coronel Edson Costa, também participaram da reunião.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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