Marconi diz que concurso deve ser anulado caso ele tenha sido “contaminado” por fraude

Em coletiva após o 3º Meeting da Instituições de Assistência aos Servidores Públicos, o governador Marconi Perillo (PSDB) parabenizou o serviço da polícia contra a fraude no concurso público para delegados de polícia e disse que ser comprovado que o certame “foi contaminado” o concurso deverá ser anulado.

“É preciso em primeiro lugar dizer: nós temos uma boa polícia, ela vai investiga, prende, e desmantela as quadrilhas. Por outro lado essa questão de anular ou não o concurso vai depender das análises técnicas. Se ele foi contaminado por essa fraude é claro que ele deve ser anulado imediatamente”, destacou.

Rebelião

O governador também comentou sobre o princípio de rebelião que ocorreu ontem (23) na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto. Ele criticou a falta de repasse do governo federal para essa área e disse que recentemente levou a questão para o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB).

“Eu fui ao Ministro da Justiça na semana passada e disse a ele o que todos tem dito: o sistema prisional brasileiro está falido, porque o governo federal não coloca recursos. E isso não é de agora, é de décadas. Enquanto o governo federal não assumir a responsabilidade, de colocar o dinheiro do fundo penitenciário em presídios de segurança máxima, enquanto não houver ajuda federal na área de segurança pública os estados não vão conseguir fazer as coisas”, avaliou.

Ele lembrou que no ano passado o governo de Goiás gastou 13% na área da Segurança Pública e que os problemas com a área penitenciária ocorrem em todo o país. “Não é só aqui em Goiás, inclusive em Goiás temos menos problemas do que em outros estados brasileiros”.

“De qualquer maneira estamos encarando essa situação, vamos chamar mais agentes penitenciários agora, mas o fato é que preciso construir mais penitenciária. Não é que a gente cultue a questão do sistema prisional, mas é porque existem mais presos do que vagas e por isso é preciso construir mais presídios, ao tempo que é preciso ter mais dinheiro para se contratar mais agentes penitenciários”, avaliou.

Marconi reafirmou que não está fugindo de suas responsabilidades e que há cinco presídios em construção no estado, ressaltando que elas estão conseguindo ser realizadas apesar da crise econômica dos últimos anos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos