Marconi e mais nove governadores reúnem-se com Rodrigo Maia por reforma da Previdência

O governador Marconi Perillo participou, na tarde desta segunda-feira, 5, em Brasília, de reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para tratar de assuntos relacionados à Reforma da Previdência, a criação de um Fundo de Compensação Previdenciário e a securitização das dívidas ativas dos estados.

O encontro ocorreu às 15 horas na residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul, e contou ainda com as presenças dos governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; do Tocantins, Marcelo Miranda; do Acre, Tião Viana; de Alagoas, Renan Filho; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Piauí, Wellington Dias; do Rio de Janeiro, Luís Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e de representantes dos governadores de São Paulo e Sergipe.

Em entrevista, Marconi disse que Maia solicitou empenho dos governadores na construção de uma agenda mínima que possa unificar Estados e o Congresso Nacional em relação às questões previdenciárias. “São assuntos urgentes, uma vez que os déficits estaduais crescem anualmente e estão se tornando insuportáveis”, declarou o governador, ao informar que “a ideia é juntarmos isso tudo em um único pacote, com o apoio dos governadores e tentarmos, ainda em fevereiro ou começo de março, aprovar essa agenda mínima no Congresso Nacional”, afirmou Marconi.

Há algum tempo o governador tem conversado com os deputados federais goianos a fim de convencê-los sobre a gravidade do déficit previdenciário. De acordo com Marconi, “os parlamentares compreendem que algo precisa ser feito. A própria sociedade já começou a ver que é muito grave essa situação. Se não aprovarmos esse conjunto de medidas, não teremos condições de dar sustentabilidade à agenda econômica. Vai chegar um ponto em que a situação vai degringolar de novo”.

Pressão

Marconi garantiu que não houve pressão do presidente Maia para que os governadores convençam suas bancadas a aprovarem a Reforma da Previdência. “O presidente Maia não nos pediu que pressionássemos nossas bancadas para aprovar a reforma da previdência. Houve uma sugestão de buscarmos conjuntamente estabelecer uma agenda mínima que possa garantir a aprovação desses temas que são importantes do ponto de vista conjuntural e sobretudo estrutural”, garantiu.

No entendimento de Marconi, “não adianta aprovarmos apenas o que é conjuntural, ou seja, socorro momentâneo. É preciso uma agenda que seja estruturante, que garanta uma solução daqui pra frente para os próximos anos”. Por fim, garantiu que o presidente Maia “tem sido extremamente sensível às reivindicações dos governadores. Mas não dá para aprovar aquilo que atenda apenas os governadores sem resolvermos um problema que atenda o País”.

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Datafolha: 62% dos brasileiros se opõem à anistia para golpistas do 8/1

STF condena mais 29 réus pelos atos golpistas de 8/1

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, revelou que 62% dos brasileiros são contrários à concessão de anistia aos participantes dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Esses atos envolveram a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A pesquisa foi conduzida após a Polícia Federal (PF) indiciar Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil e atualmente filiado ao Partido Liberal (PL), por envolvimento na conspiração que levou aos eventos de 2022. A rejeição à anistia é clara, refletindo a opinião majoritária da população brasileira sobre o assunto.

Os dados da pesquisa indicam que a oposição à anistia é significativa, com 62% dos entrevistados expressando sua discordância. Essa posição é compartilhada por uma ampla gama de segmentos da sociedade, embora haja variações nos níveis de apoio e rejeição entre diferentes grupos.

Veja os números:

  • Contra: 62% (eram 63% em março);
  • A favor: 33% (eram 31%);
  • Não sabem: 5% (eram 4%);
  • Indiferente: 1% (era 2%)

Apoio à Anistia

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos apoiadores a anistia são homens, com 37%, enquanto 29% das mulheres entrevistadas defendem a medida. Já 64% das mulheres são contra a anistia, e 59% defendem punição para os participantes do 8/1.

Em relação ao apoio a políticos, quem declarou voto no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 defende em sua maioria o perdão aos golpistas: 45%. Já 72% dos que declararam voto no presidente Lula (PT) na última eleição presidencial são contra a anistia.

Já em relação a classe de trabalho, os funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%) são os grupos sociais que mais defendem a punição.

Os mais favoráveis à anistia são os assalariados sem registro (38%), empresários (37%), evangélicos (37%) e pessoas de 35 a 44 anos (36%).

O instituto ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios do Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro, com entrevistados de idade entre 16 anos ou mais.

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