O governador Marconi Perillo (PSDB), que passou o início da semana em São Paulo articulando seu projeto nacional, quer dar outro passo rumo ao Palácio do Planalto. Este novo movimento começa nesta quinta-feira, às 10h, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, onde lança o programa Goiás na Frente, que vai investir R$ 6 bilhões nos municípios, em diversas áreas: saúde, educação, transporte, infraestrutura e outros.
O novo programa de investimentos do governo de Goiás começa a ser executado enquanto outros estados ainda vivem o colapso financeiro e sofrem com a crise econômica. Depois de dois anos de intenso ajuste fiscal, com cortes expressivos na máquina pública, Marconi enxerga este momento como uma virada. “O plano vem para trazer desenvolvimento aos municípios e tudo foi muito bem planejado, com rigor. Estamos reagindo à crise com projeto ousado”, disse o governador.
Nesses quase dois anos de crise, Goiás foi uma exceção em meio à crise que tomou conta dos estados brasileiros. Marconi conseguiu manter os salários dos servidores em dia e as contas públicas continuaram equilibradas. Dos recursos do programa, R$ 4 bilhões são provenientes de recursos do Tesouro Estadual e de parcerias com a União. Os outros R$ 2,4 bilhões decorrem de recursos privados da Enel Distribuição Goiás, que recentemente adquiriu a Celg D.
Municípios
O objetivo do governo é liberar ainda este ano pelo menos R$ 1 milhão em recursos para cada um dos 246 municípios goianos. “O valor mínimo definido é de R$ 1 milhão para as cidades menores, de até 10 mil habitantes. Esses valores crescem de acordo com o porte e a população do município”, disse Haroldo Naves, presidente da Federação Goiana dos Municípios. As prioridades de cada cidade goiana foram discutidas em reuniões comandadas pelo governador Marconi Perillo, nas quais foram recebidos todos os prefeitos de Goiás.
Saúde
De acordo com o decreto do governador, os R$ 240 milhões serão aplicados na conclusão das obras dos hospitais de Santo Antônio do Descoberto e de Valparaíso; na reforma, adequação e ampliação de outros seis hospitais; na construção de seis Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e de mais quatro Centros de Referências e Excelências em Dependências Químicas (Credeqs).