Marconi concede inclusão de quatro mil estudantes no Bolsa Universitária

O governador Marconi Perillo e a primeira-dama e presidente de honra da OVG, Valéria Perillo, entregaram hoje, em solenidade no Centro de Convenções de Goiânia, 4 mil novas Bolsas Universitárias a estudantes do ensino superior. O governador também anunciou a abertura de processo de inscrição para mais 10 mil bolsas, que serão viabilizadas no segundo semestre deste ano.

A solenidade foi marcada por surpresas. O diretor regional dos Correios em Goiás, Adiel Macedo, convidou o governador e a primeira-dama para lançarem oficialmente o selo comemorativo aos 18 anos do programa Bolsa Universitária. Ao discursar, Adiel revelou à plateia que, 14 anos atrás, era bolsista da OVG.

Em outro momento de emoção, o governador convidou um jovem que acaba de ser aprovado para o curso de Web Designer na PUC Goiás. João Victor é cadeirante, portador de necessidades especiais e fará inscrição no programa. “Tenham fé e esperança, como eu estou tendo”, discursou o estudante, para quem a Bolsa Universitária é um incentivo que “lá na frente a gente vai ser muito mais”. Aplaudido de pé pelos beneficiários do programa, João Victor conclamou todos a apostarem no conhecimento. “É preciso ter fé e fazer o máximo, como eu estou fazendo”, arrematou.

Visivelmente emocionado, o governador Marconi Perillo lembrou que, em abril de 1999, resgatando um compromisso da campanha eleitoral, ele e a primeira-dama Valéria Perillo entregavam as primeiras 4.500 Bolsas Universitárias, hoje já são mais de 170 mil estudantes beneficiados. “Minha mãe dizia que só há uma herança que ninguém rouba: a educação”, afirmou.

Para o governador, a Bolsa Universitária é uma grande ferramenta de “democratização de oportunidades” e a melhor experiência de gestão governamental, copiada por aproximadamente 20 estados da federação e que serviu de base para o lançamento, em nível nacional, do Prouni. Os investimentos em Educação não se resumem, segundo Marconi, apenas na Bolsa Universitária, mas em outros programas como a Bolsa Orquestra, nos centros culturais Gustav Ritter e Basileu Toledo França. Também, no Passe Livre Estudantil, que este ano será ampliado para as cidades de Anápolis e Rio Verde. Marconi considera a Bolsa Universitária um instrumento para se fazer “justiça social”, diante de uma das crises mais agudas que o Brasil já enfrentou em sua história. Na visão dele, é dever do Estado estimular o talento, a inteligência, a determinação, e a ousadia daqueles que querem estudar.

A primeira-dama ressaltou que a Bolsa Universitária é fundamental não apenas para a formação acadêmica deles, mas para a inserção no mercado de trabalho, além das contrapartidas que ressaltam gestos humanitários como doar sangue e trabalhos filantrópicos.

Participaram da solenidade também o vice-governador José Eliton, os deputados estaduais Lucas Calil, Charles Bento e Eliane Pinheiro, os reitores da PUC Goiás, UniAnhanguera, Alfa e IFG, diretores da Fasam, Universo, Unifan, Ubra de Itumbiara e Faculdade Católica Anápolis, além de centenas de bolsistas, que lotaram ao auditório do Centro de Convenções.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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