Marconi pede apoio da Força Nacional em Luziânia

Para reforçar a atuação da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) na região do Entorno do Distrito Federal, o governador Marconi Perillo solicitou na última sexta-feira (03) ao ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, apoio da Força Nacional de Segurança nas ações de combate à criminalidade no município de Luziânia.

No ofício número 160/2017, expedido pelo Gabinete da Governadoria na quinta-feira (02) e entregue nesta sexta-feira ao ministro da Justiça e Cidadania, Marconi justifica que o suporte se faz necessário tendo em vista o aumento do número de furtos a residências, assaltos, homicídios com características brutais, bem como pelos recentes casos de ataques às instituições bancárias, que colocam a população em situação de risco constante.

O Governo de Goiás vem aplicando cerca de 12,5% do Orçamento Anual do Estado nos políticas de combate e prevenção à criminalidade, valor inferior somente ao empregado nos programas na área da Educação. Os índices de violência vêm caindo em todo o Estado, mas, conforme os termos da solicitação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, o município de Luziânia requer especial atenção em função da situação atípica de agravamento da criminalidade verificada no município.

O Ministério de Justiça e Cidadania colocou a Força Nacional de Segurança à disposição dos Estados para suporte e complementação das políticas públicas de combate e prevenção à violência. A crise nacional na Segurança Pública se agravou neste início de ano em diversos Estados do País com a eclosão de rebeliões em presídios. Em Goiás, a situação do sistema penitenciário está dentro da normalidade.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Nicolás Maduro assume seu terceiro mandato na Venezuela em meio a críticas

Em meio às pressões externas e internas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deve assumir, nesta sexta-feira, 10, seu terceiro mandato à frente do Palácio de Miraflores, em Caracas, onde promete ficar até, pelo menos, o dia 10 de janeiro de 2031.

A posse de Maduro ocorre em meio à condenação das potências ocidentais, como União Europeia, Estados Unidos e Canadá, e diversos governos regionais, como Argentina e Chile, que acusam o governo de fraudar as eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.

Mesmo governos mais próximos de Caracas, como Colômbia e Brasil, criticam que a eleição passada não foi transparente porque não foram divulgados todos os dados eleitorais. Mesmo assim, devem enviar representante diplomáticos à posse. O governo mexicano informou que não se envolve com questões internas do país sul-americano e também enviará um representante.

Segundo o governo venezuelano, cerca de 2 mil convidados internacionais, entre representantes de governos, movimentos sociais e culturais, devem participar da posse de Maduro, marcada para as 13h desta sexta-feira, 10, no horário de Brasília.

Na quinta-feira (9), manifestações opositoras foram registradas em várias cidades do país, incluindo Caracas, com a presença da principal liderança de oposição, a ex-deputada Maria Corina Machado, pedindo que Edmundo González assuma no lugar de maduro.

A notícia, depois desmentida, da prisão de María Corina Machado após os atos, serviu para dar ainda mais dramaticidade ao momento político venezuelano.

O candidato adversário Edmundo González, que alega ter vencido as últimas eleições, comemorou os protestos de ontem em uma rede social: “hoje, mais uma vez, o povo venezuelano sairá às ruas para exigir respeito à vontade expressa nas eleições de 28 de julho. Unidos, alcançaremos a Venezuela livre e pacífica que merecemos. Não estamos sozinhos!”

Um ato pró-governo também foi registrado em Caracas ontem. Nesta sexta, a expectativa é de que as forças chavistas acompanhem a posse de Maduro em diversas cidades do país para reforçar o apoio à chamada Revolução Bolivariana, processo político iniciado em 1999, com o primeiro governo de Hugo Chávez.

Reforma

Como primeira medida do novo mandato, o presidente Nicolás Maduro deve editar decreto para criar uma comissão com o objetivo de elaborar uma reforma constitucional para, em suas palavras, consolidar “a soberania popular” com a construção de um novo modelo de Estado, então chamado de “Estado comunal”, projeto inicialmente idealizado pelo ex-presidente Hugo Chávez.

“O objetivo da Reforma Constitucional é definir com claridade o modelo de desenvolvimento venezuelano para os próximos 30 anos, e democratizar até o infinito a vida política e social da Venezuela. Transformar esse Estado em verdadeiramente democrático de e para o povo, que consiga a harmonia e a unificação da Venezuela em torno de um projeto comum, de consenso”, explicou Maduro.

A reforma deve ser debatida na Assembleia Nacional do país, de maioria chavista, com um referendo popular convocado para confirmar as mudanças até o final do ano, segundo previsão de Maduro. Além do referendo previsto, a Venezuela terá eleições regionais, para estados e municípios, e para a Assembleia Nacional em 2025, mas a data exata ainda não foi divulgada.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp