Marconi Perillo é o novo coordenador político da campanha de Alckmin

Após sofrer pressão de aliados para descentralizar tarefas, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), pré-candidato à Presidência da República pelo partido começou a fazer mudanças em sua equipe de campanha. Cobrado por não deslanchar nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (14), o também ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO) para coordenar a área política de sua campanha.

A missão de Perillo será articular um bloco de centro em torno de Alckmin, movimento que vem sendo chamado pelos tucanos de “concertação” e acalmar os ânimos de aliados, bem como de conversar com representantes de partidos na tentativa de formar novas alianças.

A poucos meses das Eleições, o partido ainda não conseguiu expandir suas alianças, mas conta com a promessa de apoio de quatro partidos: PSD, PTB, PV e PPS, após “conversas muito avançadas” como definiu Marconi Perillo.

O novo coordenador de campanha de Alckmin deverá dividir seu tempo entre a campanha do presidenciável e sua própria campanha para o Senado, já que Marconi é pré-candidato ao cargo pelo PSDB de Goiás. Ele afirmou que pedirá auxílio de ex-presidentes do PSDB para unir os partidos de centro, mas excluiu dessa lista o senador Aécio Neves (MG), réu da Lava Jato.

A escolha do ex-governador de Goiás, porém, causou desconforto em uma ala do DEM. O motivo seria por Marconi ser ferrenho adversário do senador Ronaldo Caiado, que concorrerá ao governo de Goiás. A indicação reforçou o grupo do DEM que prega o apoio a Ciro Gomes (PDT), e não a Alckmin.

Foto: Reprodução

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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