Após sofrer pressão de aliados para descentralizar tarefas, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), pré-candidato à Presidência da República pelo partido começou a fazer mudanças em sua equipe de campanha. Cobrado por não deslanchar nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (14), o também ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO) para coordenar a área política de sua campanha.
A missão de Perillo será articular um bloco de centro em torno de Alckmin, movimento que vem sendo chamado pelos tucanos de “concertação” e acalmar os ânimos de aliados, bem como de conversar com representantes de partidos na tentativa de formar novas alianças.
A poucos meses das Eleições, o partido ainda não conseguiu expandir suas alianças, mas conta com a promessa de apoio de quatro partidos: PSD, PTB, PV e PPS, após “conversas muito avançadas” como definiu Marconi Perillo.
O novo coordenador de campanha de Alckmin deverá dividir seu tempo entre a campanha do presidenciável e sua própria campanha para o Senado, já que Marconi é pré-candidato ao cargo pelo PSDB de Goiás. Ele afirmou que pedirá auxílio de ex-presidentes do PSDB para unir os partidos de centro, mas excluiu dessa lista o senador Aécio Neves (MG), réu da Lava Jato.
A escolha do ex-governador de Goiás, porém, causou desconforto em uma ala do DEM. O motivo seria por Marconi ser ferrenho adversário do senador Ronaldo Caiado, que concorrerá ao governo de Goiás. A indicação reforçou o grupo do DEM que prega o apoio a Ciro Gomes (PDT), e não a Alckmin.