Marconi se encontra com presidente do Líbano e articula novos investimentos

Na primeira reunião do dia ontem (5), a Missão Comercial de Goiás no Líbano, liderada pelo governador Marconi Perillo, apresentou ao presidente do Fransbank, Adnan Kassar, proposta de inclusão do Brasil e, especialmente Goiás, como uma espécie de entreposto – central de logística – da rota da China (em fase de articulação) com os países árabes. Antes, o governador foi recebido em audiência pelo presidente do Líbano, Michel Aoun, a quem agradeceu pela hospitalidade. “Tivemos dias produtivos no Líbano, que vão render frutos para Goiás”, afirmou, quando de audiência no Palais Presidential.

O governador também foi recebido pelos ministros de relações exteriores e de turismo. Tratou com eles da possibilidade de intermediar junto ao governo brasileiro a estruturação de uma linha área entre Brasil e Líbano e a ampliação das relações comerciais entre os dois países, especialmente o Estado de Goiás.

Na reunião com o presidente do presidente do Fransbank, Marconi defendeu a ideia de que o Brasil e Goiás entrem como distribuidores de produtos chineses na chamada “rota da seda”, cuja tarefa no processo original dos investidores seria executada pela Venezuela.

Na reunião, o governador Marconi Perillo destacou que o Aeroporto de Cargas poderia ser um ponto de distribuição junto ao Porto Seco. Marconi vai articular a vinda de ministros das concessões e relações exteriores do Líbano a Goiás, como forma de dar continuidade às tratativas.

O presidente do Fransbank também é presidente da união dos países árabes. Ele se propôs a ajudar no aprofundamento das relações comerciais e na colaboração do Brasil e de Goiás com a comunidade árabe. Ele disse que o Brasil recebeu muito bem os libaneses e eles têm essa gratidão histórica com o País. “É importante manter relações frequentes”, sustentou, ao elogiar a missão brasileira. O dirigente anunciou também que vai trabalhar para inserir empresas brasileiras e goianas no esforço de reconstrução da Síria, no qual estão empenhados. Por fim, adiantou que brevemente vai visitar o Brasil e irá a Goiás.

A reunião com o presidente do Fransbank, realizada na sede financeira do banco em Beirute, demorou cerca de meia hora.

No sábado, no segundo dia missão comercial ao Líbano, o Marconi falou a uma plateia de 100 empresários e autoridades de diversos setores, entre eles o ministro da Defesa libanês, Yaacoub El Saraf, e apresentou a economia do Estado. “Goiás é o Estado mais central do Brasil. Temos uma população empreendedora e muito trabalhadora, muito receptiva aos povos de todo o mundo”, afirmou. Durante o encontro, Marconi foi citado como líder político emergente de uma das principais economias do Brasil e possível candidato a presidente da República em 2018.

Fonte: Gabinete de Imprensa do Governador

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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