Braz menciona ligação com Jorge Jesus e Vítor Pereira ao ser indagado sobre António Oliveira: “Meu compromisso é com o Remo”
O executivo reitera a respeito da permanência do treinador azulino e minimiza as pressões sobre a decisão: “Estou habituado a lidar com muita pressão”
Marcos Braz faz uma análise após 45 dias como executivo do Remo
O executivo de futebol do Remo, Marcos Braz, reafirma a continuidade do técnico António Oliveira à frente da equipe na disputa da Série B do Brasileiro, em uma entrevista para a TV oficial do clube. Mencionando suas amizades com outros técnicos com os quais trabalhou, como Jorge Jesus e Vítor Pereira, ele assegura que seu compromisso principal é com o time azulino.
– Me comunicarei com a torcida no final, não no começo, meu compromisso é comigo mesmo, com o Remo e com a diretoria. Nenhuma relação, por mais forte que seja, é mais importante do que isso, a amizade que tenho com Jorge Jesus, Vítor Pereira, e outros 300, alguns que saíram, outros que demiti. Então, desse [António] tenho uma boa relação, assim como tenho com tantos outros que demiti, esse aqui tenho uma boa relação, com todos os outros que quiseram sair do lugar onde eu estava por um projeto melhor, para mim isso não muda absolutamente nada, deixando claro que meu compromisso é com o Remo. Meu compromisso de relação é com o Remo e com minha trajetória no futebol.
As cobranças em relação à saída de António Oliveira se intensificaram depois da derrota contra o Criciúma, no Estádio Mangueirão, que reduziram o aproveitamento do treinador para apenas 41% em 12 jogos disputados. Isso resultou em protestos na sede social do clube no último final de semana.
Para fortalecer seu posicionamento em relação à manutenção do atual treinador no comando do Remo, Braz enumera suas conquistas ao longo da carreira.
– Não colocarei em risco minha história no futebol, então sou obrigado a falar, lembrar o que conquistei no futebol. Não vou subestimar duas Libertadores que venci, três campeonatos brasileiros, seis estaduais, uma Recopa, que foi o primeiro título internacional da instituição em que trabalhei, no Maracanã, duas Supercopas, três Copas do Brasil. Não jogarei tudo isso fora por causa de uma decisão. Não sacrificarei minha história e minha lealdade para ninguém. Respeito, talvez muitos torcedores achem que António nunca deveria ter vindo, muitos acham que ele já teve chances suficientes.
Com três meses recém completados como executivo de futebol do Remo, Marcos Braz afirma lidar bem com parte das críticas recebidas durante sua trajetória no Leão, porém, afirma não tolerar “pressãozinha” nas redes sociais.
– Sou alguém que compreende as cobranças, isso nunca será um problema para mim, nem para quem ocupar o cargo que estou no Remo. Entendo e aceito bem as críticas, desde que sejam construtivas, e não covardes, guiadas por interesses ocultos. Atualmente, com as redes sociais tão abertas, todos falam e escrevem o que querem. Concordo com a liberdade, mas é preciso ser responsável por suas ações. Para mim, o indivíduo pode ser irresponsável, safado, vagabundo, falar o que quiser, não me fará perder o sono um segundo sequer. Aquilo que me incomoda é uma crítica responsável e construtiva, porque essa é a crítica da torcida do Remo e do torcedor que me faz refletir: ‘Será que ele está certo? Será que preciso mudar?’. Essa é a crítica que me faz rever minhas ações, vinda do torcedor correto, que expressa seu ponto de vista. Já as pressões nas redes sociais me bombardeando, brigando, torcendo contra, apenas perdem tempo, pois estou habituado com a pressão, não é pouca, o sangue que corre em minhas veias sempre mantém a calma.