Marcos Valério foi condenado por crimes de 1998, no mensalão tucano

Os crimes foram cometidos durante a campanha eleitoral pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais

Marcos Valério, publicitário, juntamente com os empresários Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, foi condenado, em regime fechado, pela juíza Lucimeire Rocha, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, por peculato e lavagem de dinheiro.

Os crimes foram cometidos, em 1998, durante a campanha eleitoral pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais. Valério, Hollerbach e Cristiano Paz também foram condenados ao pagamento de 400 dias-multa, cujo valor foi fixado em um salário mínimo, vigente na época dos crimes. A sentença foi proferida na última sexta-feira (15).

Segundo o processo, as agências de publicidade SMP&B, da qual Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach eram sócios à época, e DNA Publicidade e Propaganda, captaram verbas de patrocínio para realizado do Enduro da Independência, do Supercross e do Iron Biker, mas o dinheiro era destinado para a campanha de Azeredo. No pleito, o então governador perdeu para Itamar Franco (PMDB).

De acordo com a denúncia do Ministério Público, dentre as estatais investigadas, estão a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), que foi privatizado em setembro de 1998.

Marcos Valério estava preso desde 2013, já cumpre 37 anos de prisão, por participação do Mensalão do PT. O ex-empresário estava preso desde 2013, na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte e em julho do ano passado foi transferido para uma Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) em Sete Lagoas, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A transferência ocorreu depois de o ex-empresário fechar delação premiada com a Polícia Federal com informações sobre o mensalão mineiro.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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