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Margareth Menezes, Juca Ferreira e Jandira Feghali são cotados para Ministério da Cultura

Última atualização 10/12/2022 | 15:33

O nome do próximo ministro da Cultura no governo Lula deve ser anunciado na próxima semana. A escolha do petista gira em torno dos nomes da cantora baiana Margareth Menezes, do ex-ministro da pasta, Juca Ferreira, e da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Após o que os integrantes do setor chamam de “desmonte” da área durante o governo Bolsonaro, os artistas e produtores culturais defendem a retomada de diversos projetos no País.  A equipe de transição calcula cerca de 580 projetos parados atualmente.

A representatividade de uma mulher negra e nordestina à frente do Ministério da Cultura agrada Lula, a primeira-dama Janja e a famosos, como Caetano Veloso, Maria Gadú e Elisa Lucinda. O nome dela teria o mesmo peso e força popular na equipe que Gilberto Gil nas primeira e segunda gestões do petista, entre 2003 e 2008.Apesar disso, parte de grupos políticos e de gestores culturais acreditam que faltam à candidata a experiência burocrática do setor público. O currículo de Juca Ferreira e Jandir Feghali surgem como alternativas estratégicas. 

João Luiz Silva Ferreira, mais conhecido como Juca Ferreira, é um sociólogo petista que foi ministro nos governos Lula e Dilma. Ele defende “revogaço” da área de Cultura, destravamento da Lei Rouanet, que  prevê isenção de impostos para quem investir no setor cultural, e taxação dos streamings. O Vale-Cultura e a mediação para evitar cortes na pasta marcaram o governo dele

Feghali tem apoio de referências no setor, como o da atriz Fernanda Montenegro, para quem a pasta não deve ser ocupada por um artista. Ela defende que os profissionais devem se ocupar da criatividade e contribuem mais à sociedade cumprindo essa função. A política acredita que cultura é direito, transformação e desenvolvimento e foi a relatora da chamada Lei Aldir Blanc,  que garantiu auxílio-emergencial, recursos para manutenção de espaços culturais e programas de fomento ao setor cultural, durante a pandemia.

No governo Bolsonaro, a pasta se tornou uma secretaria de governo. Inicialmente ocupada pela atriz Regina Duarte, a vaga foi ocupada depois pelo ator Mário Frias. Ela ficou somente dois meses e meio à frente do cargo e o único trunfo foi flexibilizar a Lei Rouanet. O sucessor foi acusado de gastar R$ 78 mil de recursos públicos em uma viagem em dezembro do ao passado para Nova Iorque. O objetivo era se  encontrar com o lutador de jiu-jitsu bolsonarista Renzo Gracie com quem articularia apoio para tombar o esporte como patrimônio nacional.