A cantora baiana Maria Bethânia de 75 anos vai ocupar a Cadeira 18, do historiador e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu em junho, foi eleita nesta segunda-feira (11) a mais nova imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB).
Apesar da cantora não ter uma produção literária de destaque, a ALB usou como justificativa para a eleição, o fato da cantora ser “uma defensora das letras”, e “divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros.” A Academia de Letras da Bahia ainda destacou que Bethânia “escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, tendo pontuais incursões na composição”.
Nos registros literários, Bethânia aparece como autora de poucas obras, entre elas, Omara & Bethânia – Cuba & Bahia, livro que acompanhou o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo.
Entre as poucas composições de Bethânia estão canções como Trampolim, Luz da Noite, Pássaro Proibido e Caras e Bocas, todas em parceria com o irmão Caetano Veloso. Além de Carta de Amor, com Paulo César Pinheiro e outras duas composições com Rosinha de Valença, Cana Caiana e Reino Antigo.
Nascida em Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia Teles Veloso tem 75 anos e tem mais de 55 anos de carreira na música.