A primeira mulher eleita deputada estadual pelo Ceará, Maria Zélia Mota, faleceu aos 90 anos. Durante seu mandato, entre 1975 e 1978, Zélia Mota focou em pautas sociais, sobretudo as ligadas aos mais carentes. Zélia Mota atuou como tabeliã na cidade de Itapajé, localizada a cerca de 130 quilômetros da capital. Sua trajetória na política teve início em 1975, quando foi eleita pela Aliança Nacional Renovadora (Arena).

Na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), Maria Zélia chegou à terceira secretaria da Mesa Diretora da Casa, o que a levou a presidir o colegiado em algumas ocasiões. O deputado Romeu Aldiguere, presidente da Alece, lamentou a morte da pioneira da política cearense em uma nota de pesar divulgada nas redes sociais do órgão. Ele ressaltou a relevância do legado deixado por Maria Zélia para a política no Ceará.

Alexandrina Mota, sobrinha de Zélia, prestou homenagens à tia, carinhosamente chamada de “tia Nenzinha” pela família. Destacou a importância de Zélia como referência para as mulheres, sendo a primeira deputada estadual do Ceará, eleita com expressiva votação em 1974. Sua partida aos 90 anos deixa saudades, mas também o legado de coragem e representatividade na participação das mulheres na política. A sobrinha expressou seus sentimentos e desejou que a tia descanse em paz.

Maria Zélia Mota contribuiu significativamente para a história política do Ceará e sua atuação foi marcada pelo compromisso com as causas sociais. Sua liderança inspirou gerações e seu legado perdurará para além de sua vida. O reconhecimento e as homenagens prestadas após seu falecimento demonstram o impacto positivo que Maria Zélia teve no cenário político cearense. Que sua memória seja preservada e seu exemplo continue a inspirar a participação das mulheres na política. Aos 90 anos, Maria Zélia Mota deixa um legado de luta e representatividade.