O marido de uma babá que estava sendo investigado pelo estupro de um bebê foi morto em confronto com a polícia, em Goiânia. A morte ocorreu na tarde desta quinta-feira, 23, no Setor Campinas após a mãe do bebê abusado denunciar que estava sendo ameaçada pelo homem.
“Na hora do almoço, ela ligou em prantos para a viatura dizendo que ele estava descumprindo a medida protetiva, passando na rua da casa dela de moto e mandando mensagens ameaçadoras, ameaçando ela de morte”, explicou a comandante Marinéia Bittencourt.
De acordo com a Polícia Militar, a mãe do bebê denunciou que o suspeito estava descumprindo a medida protetiva, que tinha para si e para o bebê, e a perseguindo. Ela apontou uma possível localização em que o homem poderia estar.
“Ela passou o provável endereço que ele estaria, a equipe já chamou outra viatura para apoio e quando as equipes chegaram no local em que ele estava, houve confronto, uma troca de tiros, e ele acabou morrendo”, disse Marineia.
A corporação informou que o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o suspeito não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Investigação de abuso sexual
O crime contra o bebê de 1 ano e 8 meses teria ocorrido em 30 de dezembro, em Goiânia. Segundo a mãe da vítima, a criança teria sido levada pela babá até a casa dela sem autorização. O casal foi preso no dia seguinte, mas a investigação apenas foi concluída pela Polícia Civil em 5 de janeiro. Os suspeitos não foram indiciados devido a falta de provas.
Os abusos foram cometidos após a mãe da criança perceber ferimentos no bebê e levá-la até uma unidade de saúde, onde os médicos confirmaram que as lesões tinham caractéristica de abuso sexual e orientaram que ela fosse levada até o Instituto Médico Legal (IML).
No documento, o médico do hospital particular apontou que foi constatado lesões na criança e que ela estava ”extremamente irritada ao ser examinada”. Já no relatório do IML, o instituto apontou a ”presença de lesão compatível com ato libidinoso” no corpo da criança.
Apesar das provas, a delegada Caroline Borges explicou que os exames realizados na bebê não encontraram esperma no corpo e, pela falta de provas, os suspeitos não foram indiciados inicialmente. No entanto, a investigadora constatou que um exame de DNA pode mudar a situação já que o resultado ainda não foi divulgado.
Após conclusão por parte da Polícia Civil, o inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário. O caso corre em segredo de Justiça.