Marido de cantora gospel é acusado de abuso sexual infantil nos EUA

O marido da cantora gospel Heloísa Rosa, Marcus Grubert, foi preso em Orlando, nos Estados Unidos, na terça-feira, 21. Marcus é acusado de ter abusado sexualmente de uma criança de 6 anos. O caso, que está em segredo de justiça, segue para análise da promotoria pública dos EUA.

A Hope & Justice Foundation, comandada por Anna Alves-Lazaro, que está dando suporte à mãe da vítima, comemorou a novidade no Instagram.

“A Justiça sendo feita! A Justiça sendo feita! Marcus Grubert acaba de ser preso por estupro de vulnerável! Há um ano, a Hope & Justice Foundation vem lutando ao lado da família da vítima para garantir que a justiça fosse feita neste caso. O apoio emocional, psicológico e jurídico prestado desde que a fundação foi acionada foi fundamental para o desfecho do inquérito policial que agora se encerra. A luta não para por aqui; o processo judicial será iniciado e a Hope & Justice Foundation estará vigilante e firme no combate à violência sexual infantil”, celebrou o perfil da instituição.

Nos comentários, os seguidores comemoraram: “Na cadeia as posições se invertem e ele será o vulnerável. Parabéns, Anna e toda sua equipe”, declarou um. “A justiça feita aqui na terra.”, postou outra. “Parabéns a todos que se envolveram nesse caso para que a justiça seja feita”, escreveu uma terceira. “Graças a Deus a justiça está sendo cumprida, afastando ele da sociedade, protegendo outras crianças de serem vítimas dele também”, pontuou mais uma.

COMO ACONTECEU

O caso aconteceu em 2 de abril de 2023. Na ocasião, a criança passou a noite na residência de Heloísa Rosa, na companhia dos filhos da artista.

No dia seguinte, ao ser buscada pela mãe, a menina relatou os eventos ocorridos durante a madrugada, alegando que Marcus Grubert, marido da cantora gospel, havia abusado dela.

Os pais da criança denunciaram o caso às autoridades e procuraram a Hope & Justice Foundation para serem auxiliados. A fundação atua no combate ao tráfico humano, o contrabando de pessoas, a violência doméstica e a exploração sexual de crianças.

Patrícia Fazan e a mãe da vítima, falaram no Encontro na manhã desta quarta-feira, 22, sobre toda a situação. “As crianças eram muito amigas, muito próximas. Em uma ocasião, ela (Heloisa Rosa) acabou insistindo muito, dizendo que a criança dela estava muito sozinha, que gostava muito de estar com a minha filha. Naquela noite, achei que não teria problema. Quando eu cheguei, eu percebi que ela estava bem tensa, nervosa… E dali nós fomos embora”, narrou.

Na sequência da entrevista, a mãe conta um pouco da reação da filha ao chegar em casa. “Ela relatou pra mim que algo de estranho havia acontecido”. Após a denúncia, a mãe relata que precisou de todo um trabalho psicológico e orientação profissional, tanto para acolher a criança em casa, como para acompanhá-la pelo processo em que precisa dar depoimentos.

Na época do ocorrido, Heloísa Rosa chegou a anunciar a separação do marido e ficar ao lado da família da criança, que era filha da sua assessora. Segundo Anna Alves-Lazaro, a cantora abriu um depoimento na fundação contra o marido e estava disposta a depor contra ele. No entanto, no dia de comparecer à delegacia, ela não apareceu.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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