Marido de estudante de medicina que perdeu a vida em acidente não consegue andar – Impacto emocional é o maior desafio

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Marido de estudante de medicina que morreu em acidente não consegue andar e diz
que impacto emocional é o maior desafio: ‘Não sei como vou lidar’

Guilherme Sampaio ainda está internado, se recuperando de duas cirurgias.
Segundo a equipe médica que o acompanha, a previsão é que ele volte a andar em
três meses.

1 de 2 Guilherme e Paula viajavam de Alexânia para o Paraguai quando foram
atingidos por uma caminhonete na BR-060 — Foto: Arquivo pessoal/Guilherme
Sampaio e O Correiro News/Reprodução

Guilherme e Paula viajavam de Alexânia para o Paraguai quando foram atingidos
por uma caminhonete na BR-060 — Foto: Arquivo pessoal/Guilherme Sampaio e O
Correiro News/Reprodução

O estudante de medicina Guilherme Sampaio, de 22 anos, que perdeu a esposa em um
acidente de carro, está internado e sem condições de andar, em função de uma fratura grave no
quadril. O jovem contou ao DE, porém, que a parte mais difícil da recuperação é lidar com a morte de Paula
Abrantes da Silva, de 23 anos, que também cursava medicina.

> “Eu não quero de jeito nenhum desistir da faculdade. Mas, como nós dávamos
> suporte um ao outro lá, não sei como vou fazer. Não sei como vou conseguir
> lidar com tudo isso, psicologicamente. Vou ter que fazer todo um preparo
> psicológico”, afirmou ao DE.

O acidente aconteceu no último dia 17, na BR-060. Guilherme está internado na
Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele passou por duas cirurgias
devido ao acidente, uma na perna esquerda e outra na bacia. Na manhã desta
terça-feira (26), Guilherme aguarda a definição da equipe médica sobre a sua
alta.

Guilherme já foi informado que só deve conseguir voltar a andar 90 dias após o
acidente. “Não vou poder colocar peso nenhum (nas pernas)”, detalhou.

‘ÉRAMOS GRUDADOS 24 HORAS’

A morte de Paula causou comoção nas redes sociais. Guilherme conta que ela era uma pessoa alegre e espontânea, que fará muita
falta.

Eles moravam juntos na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, onde cursavam
medicina na Universidad Sudamericana. “A gente vivia juntos todos os dias.
Éramos grudados 24 horas. Parte de mim se foi”, afirmou.

Segundo Guilherme, a jovem, que estava no terceiro ano de medicina, falava em
ser endocrinologista.

2 de 2 Estudantes estavam juntos há mais de três anos e moravam na cidade
paraguaia de Pedro Juan Caballero, onde cursavam medicina — Foto: Arquivo
pessoal/Guilherme Sampaio

Estudantes estavam juntos há mais de três anos e moravam na cidade paraguaia de
Pedro Juan Caballero, onde cursavam medicina — Foto: Arquivo pessoal/Guilherme
Sampaio

O ACIDENTE

As famílias de Guilherme e Paula são de Alexânia, no entorno do Distrito
Federal. O jovem conta que eles estavam acostumados a fazer o trajeto de carro
para o Paraguai, pela BR-060. Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Mato
Grosso do Sul, o veículo em que eles estavam foi atingido de frente por uma
caminhonete, que invadiu a contramão, no último dia 17 de agosto.

O estudante só se lembra do momento imediatamente anterior ao choque com a
caminhonete. Depois disso, segundo ele, só se recorda de “vultos”. Ele afirma
que um caminhão estava vindo na outra via, no sentido contrário. De repente,
saindo de trás do caminhão, surgiu a caminhonete na sua frente
e veio o choque. “Na hora, eu ainda gritei ‘não’ e apaguei”, relembra.

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