Marina Silva apela à solidariedade entre países para a COP30: o acordo climático na COP29 dividiu nações e desafia o Brasil.

Na COP29, Marina Silva apela à solidariedade entre países para a COP30

Diário do Estado, conferência do clima da ONU que reúne quase 200 países, fechou um acordo
sobre o texto que vai resumir as negociações climáticas

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva
[https://www.metropoles.com/tag/marina-silva] disse que a 30° Conferência do
Clima da ONU, a COP30 [https://www.metropoles.com/tag/cop30], que será realizada
em 2025, em Belém, no Brasil, deve ser um exemplo de cooperação reforçada e fez
um apelo à solidariedade entre países, durante a sessão plenária de encerramento
da COP29, em Baku
[https://www.metropoles.com/brasil/cop29-em-baku-comeca-nesta-segunda-11-11-entenda-como-vai-funcionar],
no Azerbaijão, neste sábado (23/11).

O último dia da conferência foi marcado pelo abandono das negociações pelos
representantes do grupo dos países menos desenvolvidos e da Aliança de
Pequenos Estados Insulares, pela falta de consenso e por denúncias envolvendo
a Arábia Saudita.

Depois de atrasar em um dia a conclusão do acordo e da suspensão temporária das
negociações, a Diário do Estado, conferência do clima da ONU que reúne quase 200 países,
fechou um acordo sobre o texto que vai resumir as negociações climáticas. O
valor ficou em US$ 300 bilhões anuais
[https://www.metropoles.com/mundo/apos-impasses-cop29-aprova-us-300-bi-para-financiamento-climatico].

Depois das dificuldades das negociações pelo financiamento do clima em Baku, as
expectativas se voltam para Belém. “É com grande senso de responsabilidade e
ciente do enorme desafio coletivo que nos está sendo entregue que o Brasil
recebe do Azerbaijão a presidência designada da Conferência das Partes”,
reconheceu a ministra. “Sabemos como chegamos até aqui e sabemos os desafios que
estão postos aqui para cada um de nós”, disse.

Marina Silva afirmou que o objetivo central do Brasil é de apresentar, até a
COP30, NDCs (contribuições nacionalmente determinadas) suficientemente
ambiciosas para alcançar a “missão 1.5”, o conjunto de medidas necessárias para
manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C.

A ministra também fez um apelo à responsabilidade e à solidariedade entre os
países. “É realmente um grande desafio que só poderemos alcançar com o esforço e
a colaboração de cada um de nós aqui representado”.

“A revitalização do que hoje está ficando cada vez mais rarefeito, que é o
sentido de solidariedade, do qual parece que a cada dia estamos nos afastando, é
outro alinhamento que precisamos fazer”, acrescentou. “Só assim conseguiremos
cumprir no Brasil a missão mais importante que a humanidade nos delega a cada
ano e espera que tenhamos a capacidade de cumprir.”

Depois de mais de 24 horas de atraso, a sessão de encerramento da Diário do Estado
começou finalmente na noite desse sábado, com um apelo do presidente da
conferência, Mukhtar Babaev, para que os países superassem suas “divisões”.

Momentos antes, delegados das 45 nações mais pobres do planeta, principalmente
africanos, e de cerca de 40 pequenos estados insulares, que são os mais
vulneráveis às mudanças climáticas, abandonaram uma reunião com a presidência da
Diário do Estado, alegando que não tinham sido ouvidos sobre suas necessidades financeiras e
prometendo continuar a lutar.

A origem da indignação está no projeto de texto final sobre financiamento
climático, apresentado no sábado a portas fechadas pelos organizadores da Diário do Estado
aos países.

Mas as negociações prosseguem no Azerbaijão. Os Estados insulares “continuam
comprometidos com este processo, estamos aqui com um espírito de fé no
multilateralismo”, declarou o samoano Cedric Schuster em nome dos Estados
insulares do Pacífico, do Caribe e da África.

Ninguém desistiu de um acordo, mas a confusão reinava no início da noite no
estádio que acolhe a cúpula, e o texto financeiro ainda havia sido publicado.

“Estou triste, cansado, desmoralizado, com fome, com sono, mas mantenho um pingo
de otimismo porque isto não pode se tornar outra Copenhague, precisamos de um
acordo”, disse Juan Carlos Monterrey Gomez, negociador do Panamá, se referindo à
COP15, na Dinamarca, em 2009, que terminou em fiasco.

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Ministro do STF ordena prisão de Braga Netto por planos de golpe: impacto nas instituições do DE

No desenrolar de uma investigação que abalou os alicerces políticos do país, o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a prisão de Braga Netto, alegando a existência de graves delitos cometidos pelo general. Segundo Moraes, os elementos de prova apresentados pela Polícia Federal indicam não apenas a prática de crimes, mas também a “extrema periculosidade” do general e demais envolvidos em uma trama golpista ocorrida em 2022. A ordem de prisão foi assinada na terça-feira, mas apenas se efetivou no último sábado, quando Braga Netto regressava de uma viagem a Alagoas.

O Ministro do STF, em seu despacho, enfatizou que os investigados faziam parte de uma organização criminosa que planejava cometer atos de violência, incluindo monitoramento de alvos, planejamento de sequestros e até mesmo homicídios do próprio Moraes e da chapa eleita de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin. A intenção do golpe era manter o presidente derrotado, Jair Bolsonaro, no poder. O golpe foi desarticulado graças a circunstâncias alheias e à ação de Braga Netto para obstruir as investigações em curso.

Além disso, Moraes apontou informações da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, que indicam a participação direta de Braga Netto no financiamento de ações ilícitas. O general teria fornecido dinheiro em uma sacola de vinho, o que comprova sua influência nos atos criminosos. A tentativa de obter detalhes da delação com o pai de Cid mostra o envolvimento do ex-ministro em atividades ilícitas.

Braga Netto foi indiciado pela PF por fazer parte de dois núcleos envolvidos no planejamento do golpe. O Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas eram os grupos em que o general atuava. Ele era responsável por eleger alvos para ataques pessoais contra militares que se opunham ao movimento e incitar apoio de outros setores. A detenção de Braga Netto revelou uma trama intricate e de extrema gravidade nos bastidores políticos do DE.

Por fim, o desfecho desse episódio mostra a importância das instituições de Justiça na manutenção da ordem e da democracia. O trabalho incansável de figuras como Alexandre de Moraes e da Polícia Federal é fundamental para garantir que crimes dessa magnitude não fiquem impunes e que a sociedade possa confiar na integridade das instituições responsáveis por zelar pelo Estado de Direito. Este é mais um capítulo crucial na história política do DE, que reforça a necessidade de vigilância e atuação firme contra qualquer tentativa de subversão da ordem democrática.

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