Marinho diz que bancos competirão para oferecer consignado privado
O consignado privado, batizado de Crédito do Trabalhador, amplia a oferta do empréstimo consignado a empregados do regime CLT
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta quinta-feira (13/3), que as instituições financeiras vão disputar entre si para “conquistar” os trabalhadores da iniciativa privada que buscarem um empréstimo consignado.
O programa, batizado de Crédito do Trabalhador, amplia a oferta do empréstimo consignado a empregados do regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incluindo trabalhadores rurais e domésticos, além de microempreendedores.
Segundo Marinho, o papel mais importante do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) será estimular a competição entre as instituições financeiras (ou seja, os bancos).
“Vai ter uma disputa entre elas [instituições financeiras] para poder te conquistar. E a conquista, seguramente, será pela menor taxa que cada um oferecer. Dessa forma, achamos que vai reduzir bastante os juros praticados no dia de hoje”, afirmou Marinho durante o programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
COMO VAI FUNCIONAR
A partir de 21 de março, pelo aplicativo da CTPS Digital, o trabalhador poderá solicitar propostas de crédito diretamente às instituições financeiras credenciadas pelo governo federal. Para isso, vai precisar autorizar o acesso a dados pessoais (como nome, CPF, margem salarial disponível para consignação e tempo de empresa). Depois, o trabalhador vai receber ofertas em até 24h, podendo analisar as condições e escolher a melhor opção, finalizando a contratação diretamente no canal do banco. As parcelas serão descontadas na folha de pagamento, por meio do eSocial, limitando-se à margem de 35% do salário. De acordo com o governo, essa mudança vai permitir que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente nos consignados por convênio.
Atualmente, 3,8 milhões de trabalhadores privados têm acesso ao crédito, de um universo de 47 milhões. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que 19 milhões de celetistas devem optar pela consignação dos salários no período de quatro anos, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.
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