O Marista Cascavel marcará presença na COP 30 com soluções desenvolvidas por estudantes
Evento do Marista Brasil é parte de um compromisso histórico na promoção da Ecologia Integral e na formação de cidadãos globais.
O protagonismo trabalhado pelo Colégio Marista Cascavel, desde os primeiros anos da Educação Infantil até o final do Ensino Médio, terá seu espaço no Observatório Marista do Clima, que acontece de 10 a 14 de novembro de 2025, no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA). O evento vai reunir estudantes de todas as escolas do Marista Brasil para apresentar projetos, discutir soluções e compartilhar resultados em torno da ecologia integral. A iniciativa acontece de forma concomitante à DE 30, o que permitirá também a participação dos educandos em atividades da cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Observatório Marista do Clima foi concebido como um movimento em rede de mapeamento, fomento, assessoria e certificação de ações pedagógico-pastorais, com foco na aprendizagem solidária, em torno dos temas emergentes da ecologia integral, de modo especial, as questões climáticas. O professor de Biologia e Ciências do Marista Cascavel, Luciano Mezzaroba, que vai integrar o grupo que representará a unidade em Belém (PA) em novembro, explica como o Observatório funciona.
> “Um espaço de troca de experiências e apresentação de soluções concretas desenvolvidas nas escolas, conectando teoria e prática. A relação com a DE 30 é direta: enquanto a conferência reúne líderes e especialistas globais para discutir políticas e compromissos internacionais, o Observatório coloca os estudantes como protagonistas, mostrando que a transformação começa também em nível local, com ações comunitárias que contribuem para metas globais de mitigação e adaptação climática”, esclarece Mezzaroba.
É importante notar que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta que as aprendizagens tenham o objetivo de garantir que o estudante desenvolva, ao longo de sua trajetória escolar, princípios éticos, políticos, estéticos e socioculturais. Por isso, o Observatório é uma resposta concreta. O evento não se dá apenas por conta da DE 30, pois dentro das escolas maristas já se realiza a simulação da conferência das partes. O Marista Cascavel entende que se trata de uma ferramenta pedagógica potente e inovadora, engajando os educandos em questões ambientais e promovendo conscientização e letramento para a educação climática.
“Vejo uma comunidade escolar que já carrega o compromisso socioambiental como parte de sua identidade. Muito antes da DE 30 e da própria criação do Observatório do Clima, o Colégio Marista Cascavel já desenvolvia projetos de Ecologia Integral e práticas sustentáveis alinhadas aos valores maristas”, afirma o professor. Ele acrescenta que o que mudou com o Observatório e a DE 30 foi a intensidade. “Agora há uma mobilização ainda maior, com cada turma assumindo responsabilidades concretas e toda a escola unida por um mesmo propósito. Isso reforça não apenas o senso de urgência diante da emergência climática, mas também o compromisso ético e espiritual de cuidar da ‘Casa Comum’, inspirados pelo exemplo de São Marcelino Champagnat e pela mensagem do Papa Francisco”.
O projeto está pautado em princípios de aprendizagens baseadas em experiências, interdisciplinaridade, desenvolvimento de competências socioemocionais e alinhado às aprendizagens das competências e habilidades da Matriz Curricular da Educação Básica do Marista Brasil. Mezzaroba explica que “a ‘conversão ecológica’ é mais do que mudar hábitos isolados; é mudar a forma de ver e se relacionar com o mundo. Desde o início do projeto, observamos uma evolução significativa nas turmas: o tema ambiental deixou de ser apenas conteúdo de aula para se tornar parte do cotidiano escolar”, enfatiza.
Buscar soluções é a resposta autêntica e concreta das escolas, que nasce da sala de aula com ações e atitudes em que os estudantes selecionam, planejam e implementam iniciativas climáticas em sua comunidade local. Entre elas estão práticas de lixo zero, criação de mantas térmicas com produtos recicláveis, redução do consumo de água e energia, entre tantas outras. No caso do Marista Cascavel, a proposta é que até outubro todos os projetos estejam finalizados para serem levados a Belém. “Os projetos que irão para Belém refletem essa mudança: são fruto de um trabalho coletivo, que combina conhecimento científico, compromisso social e espiritualidade marista, buscando soluções concretas para a preservação do planeta”, esclarece o professor.




