Nesta quinta-feira, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na plataforma e no Instagram serão banidas durante essas duas semanas até a posse do democrata Joe Biden, agendada para 20 de janeiro.
“Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente [Trump] continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais”, declarou Zuckerberg em um comunicado.
A decisão do Facebook foi tomada depois da invasão do Capitólio nesta quarta-feira, 06, durante a sessão conjunta entre governadores e senadores que certificaram a vitória de Biden. Extremistas invadiram o local após comício de Trump em Washington horas antes.
“Os eventos chocantes das últimas 24 horas demonstram claramente que o presidente Donald Trump pretende usar seu tempo restante no cargo para minar a transição pacífica e legal de poder para seu sucessor eleito, Joe Biden”, destaca Zuckerberg em declaração.
Afirmando risco de violência, o Facebook removeu nesta quarta-feira um vídeo publicado pelo líder republicano em que ele pedia para que os manifestantes fossem para casa, mas alegava que as eleições foram fraudadas.
O mesmo conteúdo foi removido pelo Twitter, sendo excluída também uma publicação onde Trump declara que o vice-presidente Mike Pence “não teve a coragem de fazer o que deveria ter sido feito” para defender os EUA e sua Constituição.
Zuckerberg acrescentou que, nos últimos anos, o Facebook permitiu que Trump utilizasse a rede social seguindo as regras da plataforma, porém em algumas ocasiões foi necessário colocar alertas em conteúdos publicados pelo presidente.
“Fizemos isso porque acreditamos que o público tem direito ao mais amplo acesso possível ao discurso político, mesmo ao discurso polêmico”, explicou. “Mas o contexto atual agora é fundamentalmente diferente, envolvendo o uso de nossa plataforma para incitar uma insurreição violenta contra um governo eleito democraticamente.”, finalizou.