Suspeito de atirar em empresário em Cravinhos, SP, confessa assassinato em carta enviada à polícia
Advogado confirma autoria da carta assinada por Marlon Couto Paula Júnior, foragido desde o desaparecimento do empresário Nelson Carreira Filho.
O empresário Marlon Couto teve a prisão decretada pela Justiça por suspeita da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, em Cravinhos, SP — Foto: Arquivo pessoal
A Polícia Civil divulgou neste domingo (1º) uma carta (veja abaixo) que teria sido assinada por Marlon Couto Paula Júnior, na qual ele confessa o assassinato do empresário Nelson Francisco Carreira Filho e relata detalhes de como o crime teria ocorrido.
Nelson Carreira está desaparecido desde 16 de maio, após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos (SP), com Marlon Couto e Tadeu Almeida Silva, apontado como cúmplice de Marlon, e que foi preso na última quinta-feira (29).
O delegado Heitor Moreira, titular da Polícia Civil em Cravinhos, confirmou que a carta foi enviada à corporação pela defesa de Marlon. O suspeito segue foragido.
CONFLITO COMERCIAL TERIA MOTIVADO O CRIME
No texto, Marlon afirma que Nelson o extorquia após registrar produtos da empresa dele como próprios. Segundo ele, o empresário exigia grandes quantias em dinheiro para liberar o uso das fórmulas desenvolvidas, chegando a ameaçá-lo.
Marlon descreve que no dia 16 de maio, durante reunião, Nelson informou que exigiria um aumento desses pagamentos, e assim começou uma discussão que se exaltaram.
Ele também diz que teme por sua vida e a de seus familiares, e que, por esse motivo, ainda não se entregou às autoridades:
Ainda de acordo com a carta, após o disparo, Marlon levou o corpo de Nelson até Miguelópolis (SP), onde o jogou em um rio, junto com a arma do crime, enquanto Tadeu teria levado o carro da vítima até São Paulo.
Por fim, o suspeito afirma que pretende se entregar futuramente, caso se sinta seguro: “Pretendo me apresentar futuramente assim que me sentir seguro.”
O advogado de Marlon, Nathan Castelo Branco, confirmou que a decisão de confessar o crime partiu do próprio cliente e que ele apenas explicou as implicações jurídicas da declaração.
Questionado, o advogado de Marlon, Nathan Castelo Branco, confirmou que a decisão de confessar o crime partiu do próprio cliente e que ele apenas explicou as implicações jurídicas da declaração.