Marlos Luz: trabalho de sindicato é para evitar que o comércio feche

Os repórteres do Diário do Estado, Brenno Magalhães e Taissa Gracik entrevistaram hoje o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados no Comércio Hoteleiro no Estado de Goiás. Num dos trechos mais esclarecedores da entrevista, Marlos Luz explica que o trabalho da instituição na fiscalização de bares e restaurantes tem a finalidade de garantir que, apesar da pandemia, estes postos de comércio continuem de portas abertas.

Segundo Marlos, de março até agora, 12 mil trabalhadores foram demitidos, além de 6 mil dispensas de contratos de trabalho. Vale lembrar que esses dados foram apenas os que o sindicato que Marlos preside teve acesso. Ainda segundo o entrevistado, os próprios donos dos estabelecimentos contatam o sindicato para saberem sobre as regras de conduta sanitária que devem ser seguidas. Esse, com certeza, é um comportamento exemplar.

Confira a entrevista na íntegra:

Nesta segunda a equipe do Sindicato percorreu vários estabelecimentos no Setor Bueno para ver o cumprimento das obrigações. Apenas um, localizado na Avenida T-6 apresentou irregularidade. Segundo o presidente do Sechseg, Marlos Luz, o restaurante segue o modelo de autoatendimento e não oferecia luvas para os clientes e nem tinha termômetro para medir a temperatura. “Nosso objetivo é alertar os proprietários dos estabelecimentos para o cumprimento das regras. Não temos o poder de multar, mas temos a obrigação de cuidar dos trabalhadores. Esse alerta é para que a empresa não seja multada pela prefeitura e venha a fechar, deixando mais pessoas desempregadas”, explica.

O Sindicato também está entregando máscaras para os trabalhadores e disponibilizando o Whatsapp para denuncias de irregularidades. Durante os 4 meses que o setor ficou fechado, como dito por Marlos na entrevista, foram registradas cerca de 12 mil demissões e mais de 6 mil suspensões de contratos. A diretoria da entidade firmou um acordo com as empresas de recontratem esses trabalhadores em um prazo de 12 meses. Todas as ações tomadas pelo Sechseg durante esse período de crise estão em acordos. Para consultar basta acessar o site www.sechseg.com.br/convencoes.

 

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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