Marquise que desabou em Juiz de Fora segue aguardando demolição: estrutura ainda não foi removida

Condição precária de marquise que desabou em cima de pedestre foi avisada por lojista; estrutura ainda não foi demolida

O empreendimento está fechado desde o dia do acidente, que aconteceu na tarde de quinta-feira (21), na parte baixa da Rua Floriano Peixoto. Thiago Ramon, de 38 anos, que passava pelo local, foi atingido pela estrutura e morreu na hora.

Marquise que desabou na Rua Floriano Peixoto, em Juiz de Fora — Foto: Beatriz Ribeiro/TV Integração

Parte da marquise que desabou na parte baixa da Rua Floriano Peixoto, no Centro de Juiz de Fora, segue aguardando demolição. O acidente ocorreu na última quinta-feira (21) e resultou na morte do professor de guitarra, Thiago Ramon de Freitas, de 38 anos.

A condição precária da estrutura foi alertada ao proprietário do imóvel, que abriga um hotel e lojas comerciais. Os estabelecimentos seguirão interditados até que a marquise seja completamente demolida.

Pelas redes sociais, o inquilino de uma loja de artigos religiosos que funciona embaixo da marquise que caiu informou que “desde que identificamos o estado precário da estrutura, notificamos a proprietária diversas vezes sobre a necessidade de urgência de reparo. No entanto, as providências não foram tomadas, necessitando nesse lamentável acontecimento”.

A reportagem tenta contato com o dono do imóvel e advogados. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

Parte da estrutura que caiu ainda não foi demolida

Vídeo mostra momento em que marquise cai na Rua Floriano Peixoto, em Juiz de Fora

Nesta segunda, operários de uma empresa terceirizada pela Prefeitura de Juiz de Fora realizaram a instalação de tapumes para evitar que escombros caiam no asfalto.

Na tarde de sexta-feira (22), parte da marquise que caiu foi escorada para evitar novos desabamentos, no entanto, para a completa demolição, o local vai precisar de uma proteção.

O Diário do Estado entrou em contato com a Administração municipal para pedir detalhes sobre os trabalhos que precisam ser feitos até a demolição da história e questionou o porque de não ser o proprietário do imóvel que está realizando os reparos necessários, mas não houve retorno até a última atualização desta matéria.

Condição das marquises da área central é discutida

O desabamento da marquise chamou a atenção para a condição das estruturas de concreto, que estão espalhadas em toda a cidade, principalmente na área central.

A Prefeitura informou que, em 2024, foram fiscalizados 508 edifícios em Juiz de Fora, emitidos 321 termos de intimação, além de 71 autos de notificação e 32 autos de infração.

Segundo a engenheira e diagnosticadora Cíntia Gerhaim, coberturas como a que desabou são consideradas condenadas.

A Câmara Municipal aprovou uma representação para que o Corpo de Bombeiros, em parceria com o poder público municipal, realize uma operação de vistoria técnica para avaliar as condições das marquises em toda a região central da cidade, onde há uma maior concentração de edificações antigas.

O objetivo é prevenir futuros acidentes fatais, orientar os proprietários desses imóveis sobre a necessidade de reparos e garantir mais segurança a todos que circulam pelas ruas.

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Aumento na tarifa do transporte metropolitano de BH: saiba mais sobre o reajuste e as melhorias no serviço.

A tarifa do transporte público metropolitano da Grande BH terá um aumento a partir desta quinta-feira (9). Com um reajuste de 6,49%, o preço da passagem de ônibus passa de R$ 7,70 para R$ 8,20. O serviço atende aos 34 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte e é essencial para milhares de usuários que dependem do transporte coletivo na região.

O governo de Minas anunciou o aumento da tarifa do transporte metropolitano, após as operadoras solicitarem um reajuste de 8,7%. No entanto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) realizou estudos técnicos e concluiu que o percentual solicitado pelas empresas não refletia de forma adequada os custos operacionais e os indicadores contratuais. Com isso, o reajuste autorizado foi de 6,49%, considerando diversos fatores, como a variação de custos com insumos e as condições econômicas gerais.

Segundo o Executivo estadual, o reajuste é necessário para assegurar a operacionalização do sistema, considerando a inflação do período, a atualização dos insumos mais relevantes e a correção dos custos contratuais com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O transporte metropolitano conta com 636 linhas em operação, realiza até 14 mil viagens por dia útil e atende cerca de 650 mil usuários diariamente na região de Belo Horizonte.

Em relação à renovação da frota, o governo de Minas destaca os investimentos realizados em 2024 na modernização do transporte público na Grande BH, com a aquisição de novos ônibus. Até o momento, 224 veículos foram entregues, sendo que 180 já estão em operação. A previsão é de que até o final de 2025, 850 veículos estejam incorporados ao sistema, renovando um terço da frota total e proporcionando mais segurança, agilidade e conforto à população que utiliza o transporte metropolitano.

Essas medidas visam melhorar a qualidade do serviço de transporte público na região metropolitana de Belo Horizonte e garantir que os usuários tenham acesso a um sistema eficiente e seguro. Com o aumento da tarifa, o governo busca equilibrar o contrato de concessão e minimizar os impactos para os passageiros, garantindo a sustentabilidade do transporte público na Grande BH. O Diário do Estado continuará acompanhando as novidades e atualizações sobre o transporte metropolitano em Minas Gerais.

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