Massacre em asilo na Croácia deixa seis mortos, incluindo a mãe do suspeito

Na manhã desta segunda-feira, 22, um massacre em um lar de idosos na cidade de Daruvar, no leste da Croácia, deixou seis mortos e três feridos. O ataque foi perpetrado por um homem de 51 anos, descrito pela imprensa local como um ex-policial, que abriu fogo assim que entrou no asilo. Entre as vítimas fatais estão sua própria mãe, quatro idosos e um funcionário do estabelecimento.

O suspeito foi detido pouco depois do ataque em uma cafeteria, onde foi encontrado armado. Segundo Nikola Milina, diretor nacional da polícia, o homem já tinha antecedentes criminais relacionados a violência doméstica e crimes contra a ordem pública. Após o ataque, três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao hospital, com uma delas em estado grave.

O massacre é considerado um dos piores já registrados na Croácia, um país de 3,8 milhões de habitantes. O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, expressou seu choque e pêsames às famílias das vítimas através das redes sociais, e manifestou esperança de que as autoridades esclareçam todas as circunstâncias do crime.

O presidente croata, Zoran Milanovic, também se pronunciou, descrevendo o ataque como um “crime selvagem e sem precedentes” e pedindo um controle mais rigoroso da posse de armas. Ele afirmou que o incidente serve como um “alerta aterrorizante” para intensificar os esforços das instituições competentes para prevenir a violência na sociedade.

Nenad Mrzlecki, responsável pelo centro regional de emergências, destacou que as autoridades continuam no local para oferecer suporte aos moradores e funcionários do asilo, priorizando a assistência necessária a todos os envolvidos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos