“Matei ele porque estava me tirando”, diz jovem sobre o pai

“Matei ele porque estava me tirando”. Foi com extrema frieza que um rapaz de 23 anos confirmou à Guarda Municipal de Araucária, município da Região Metropolitana de Curitiba (PR), o crime cometido contra o pai, Valter Miranda, de 58 anos, na manhã deste domingo (27).

O assassinato foi cometido dentro de um supermercado localizado na Avenida Independência, bairro Passaúna, e registrado pelas câmeras de segurança internas. As cenas são de arrepiar e deixam clara a violência empregada pelo jovem, que, calmamente, e com a faca na mão, persegue o pai já ferido. Em ação rápida da Guarda Municipal, o acusado foi preso ainda na porta do estabelecimento e com as roupas sujas de sangue.

Um dos agentes, que faz curso de Atendimento Pré-Hospitalar de Combate, socorreu a vítima, na tentativa de estancas a hemorragia até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Entretanto, os ferimentos provocados pelas várias facadas desferidas, sobretudo na região da cabeça, eram muito graves e o homem não resistiu.

De acordo com testemunhas, pai e filho trabalhavam juntos em um açougue próximo ao local do crime. Há suspeitas, inclusive, de que a arma utilizada no homicídio seja a mesma que eles empregavam no corte de carne do comércio.

Após confessar o crime contra o pai, o rapaz foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Araucária e o corpo da vítima recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML), de Curitiba.

Câmeras de segurança do supermercado registraram o crime, veja:

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp