Maternidade Marlene Teixeira pode ser interditada pelo Cremego

A Maternidade Marlene Teixeira, que fica em Aparecida de Goiânia, pode ser interditada pelo Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego). De acordo com o Conselho, neste domingo (18), a unidade viveu mais um dia de caos, inclusive com médicos fazendo cesarianas sem o equipamento de proteção individual necessário, colocando em risco a saúde dos profissionais e dos pacientes.

Além disso, com a fiscalização do Cremego que esteve na unidade, foi constatado a falta de material para partos e a superlotação da unidade. Caso os problemas não sejam resolvidos com urgência, a única alternativa será a interdição.

Buscando uma solução para a situação caótica,  o Cremego fará uma reunião logo mais, às 17 horas, para a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e definição de medidas emergenciais com prazos para supri as deficiências. Na reunião estarão presentes o secretário de Saúde de Aparecida de Goiânia, Luiz Edgar Tolini, os promotores do Ministério Público Estadual, Érico de Pina e Eduardo Prego e representantes da Regulação estadual e municipal.

-Notícia em atualização

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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