MBL pretende virar partido e lançar Danilo Gentili à Presidência

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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) anunciou que pretende tornar o Movimento Brasil Livre (MBL) em um partido político e lançar o humorista Danilo Gentili como candidato à presidência da República em 2026.

“A gente tem defendido e vamos construir para 2026 a candidatura do Danilo Gentili e ele vai disputar”, declarou o fundador do MBL.

Kataguiri explicou durante a participação no podcast “Flow”, que vai dar início ao processo para transformar o Movimento Brasil Livre em uma sigla partidária. No entanto, a ideia é colher assinaturas, que são obrigatórias, inclusive em shows de Gentili.

Um dos entrevistadores do podcast, o Igor 3K, questionou se caso Gentili disputar o cargo e sair vencendo nas urnas em 2026, o país se tornaria uma Ucrânia, já que o mandatário do país europeu, Volodymyr Zelensky, é humorista, então Kim destacou que o ex presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, também saiu das telinhas para se tornar chefe da Casa Branca em 1981.

Sobre o MBL

O MBL, é um movimento liderado por Kim Kataguiri criado em 2014, ganhou projeção durante as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em seguida, diversos nomes ligados a este grupo disputaram cargos públicos e se elegeram.

Em 2018, o movimento endossou a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) contra Fernando Haddad (PT) no segundo turno pregando o “voto útil” no político de extrema direita.

No entanto, no começo do antigo governo, Kataguiri e outros integrantes do movimento abandonaram Bolsonaro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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