MC Poze do Rodo, funkeiro conhecido no cenário musical, enfrenta problemas com a justiça e é acusado de manter ligação com o Comando Vermelho, uma das facções mais perigosas do Rio de Janeiro. A polícia prendeu o cantor em sua residência, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. De acordo com as autoridades, as letras de suas músicas promovem o crime e incitam a violência, o que levou à sua prisão.
Em uma audiência de custódia realizada recentemente, a Justiça decidiu manter a prisão temporária de MC Poze do Rodo. O cantor declarou à Secretaria de Administração Penitenciária que possui ligação com o Comando Vermelho, o que resultou em sua transferência para a Penitenciária Serrano Neves, conhecida como Bangu 3. A decisão judicial foi baseada nas investigações que apontam o envolvimento do artista com o tráfico de drogas.
A defesa de Poze do Rodo não se manifestou sobre o assunto até o momento, gerando ainda mais especulações em torno do caso. O advogado Fernando Henrique Cardoso Neves classificou a situação como uma “narrativa antiga” e questionou as razões por trás da nova prisão do cantor. Em meio a polêmicas e acusações, Poze alega ser alvo de perseguição por parte das autoridades.
As investigações apontam que MC Poze realiza seus shows em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, com a presença de traficantes armados. As letras de suas músicas são consideradas apologia ao crime e ao tráfico de drogas, o que coloca o cantor em uma posição delicada diante da Justiça. Os eventos promovidos durante as apresentações do artista contribuem para o aumento dos lucros da facção criminosa.
Outro episódio que chamou atenção foi a presença de criminosos armados em um baile funk na Cidade de Deus, onde Poze fazia uma apresentação. Os vídeos que viralizaram nas redes sociais mostravam traficantes ostentando fuzis durante o show do cantor. Esses eventos, segundo a polícia, têm sido utilizados estrategicamente pela facção para ampliar seus lucros com a venda de entorpecentes.
Além dos problemas recentes, Poze do Rodo já foi alvo de investigações no passado, como na Operação Rifa Limpa, que apurava sorteios ilegais divulgados em redes sociais. Carros de luxo e joias pertencentes ao funkeiro foram apreendidos, mas a Justiça determinou a devolução dos bens por falta de comprovação de relação com os delitos investigados. Após a decisão, o cantor se pronunciou nas redes sociais, afirmando que apenas deseja recuperar o que é seu.