A Justiça manteve a prisão de Poze do Rodo em uma audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (29), em que o cantor Marlon Brendon Coelho Couto teve sua detenção confirmada. Poze do Rodo foi preso em sua residência, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes. As autoridades policiais afirmam que o conteúdo das músicas que ele canta promove o crime e que ele possui envolvimento com o Comando Vermelho.

Após a prisão, o MC Poze do Rodo foi transferido para a cadeia de Benfica e, posteriormente, será encaminhado para Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação que culminou na detenção de Poze aconteceu durante a madrugada, realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele é investigado por apologia ao crime e por suposto envolvimento com o tráfico de drogas.

Os policiais cumpriram o mandado de prisão temporária na residência do funkeiro, situada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Poze não quis dar declarações ao ser retirado de sua casa e durante sua transferência para a Polinter, onde afirmou que sua prisão seria uma perseguição injusta. Ele questionou as motivações por trás de sua detenção e destacou a ausência de provas que justificassem o seu encarceramento.

Segundo as investigações, Poze do Rodo realiza apresentações exclusivamente em áreas controladas pelo Comando Vermelho, com a presença ostensiva de traficantes armados para garantir a segurança tanto do artista quanto do evento. As letras de suas músicas, segundo a DRE, fazem apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo, incitando confrontos armados entre facções rivais e resultando em vítimas inocentes.

Em novembro do ano anterior, Poze e sua esposa, Viviane Noronha, foram alvos da Operação Rifa Limpa, que investigava sorteios ilegais divulgados em redes sociais. Na época, carros de luxo e joias pertencentes ao cantor foram apreendidos. A Justiça restituiu os bens recentemente, alegando falta de comprovação de relação entre os itens retidos e os delitos sob investigação policial. Poze manifestou seu contentamento com a decisão nas redes sociais, agradecendo a Deus pelo que é seu legítimo.